Facchini

Chegada de caminhões é suspensa na margem direita do Porto de Santos

A Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), autoridade responsável pela operação portuária, deve comunicar, na tarde deste domingo (5), os terminais que operam na margem direita do Porto de Santos para que as atividades para entrada de caminhões seja suspensa, a partir da meia-noite de segunda-feira (6). O objetivo é evitar que uma fila de caminhões se forme na entrada da Cidade, atrapalhando o trânsito.
A decisão foi tomada em uma reunião que aconteceu no gabinete de crise montado para gerir o controle e apagamento do incêndio que atinge tanques da Ultracargo, na Alemoa.
O encontro aconteceu perto do meio-dia e reuniu representantes da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), da Agência do Transporte do Estado de São Paulo (Artesp), da Polícia Militar, da Polícia Rodoviária Militar, das Forças Armadas, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) e da Cetesb, além da Ecovias, empresa responsável pelo Sistema Anchieta-Imigrantes, na Prefeitura de Santos.
"Já tivemos transtornos suficientes por causa desse incêndio e não é justo que o santista seja penalizado. Houve uma determinação com a Codesp. A regulação do acesso ao trânsito da cidade é uma competência municipal e a Codesp está agora se reunindo com todos os terminais para dizer que os caminhões não poderão circular na Cidade e, assim, atrapalhar o trânsito", explica Paulo Alexandre Barbosa, prefeito da Cidade. Por dia, 8 mil caminhões passam pelo complexo portuário santista.
A decisão já foi comunicada ao ministro Edinho Araújo, titular da Secretaria dos Portos. "Na margem direita do Porto de Santos, temos a restrição total, pois o viaduto da Alemoa está bloqueado. Esses caminhões teriam de entrar pela entrada da Cidade, o que é impraticável. A gente tem uma semana normal pela frente e isso não é compatível com a nossa vida", acrescenta.
A operação foi acertada com a Polícia Rodoviária e com a Polícia Militar, para evitar que a Cidade se transforme em palco para confronto com caminhoneiros que fossem impedidos de entrar em Santos. "O Estado vai começar a partir de agora essa informação. A Codesp vai fazer essa comunicação formal, para que as atividades sejam suspensas. A Polícia Rodoviária vai ficar com essa responsabilidade de montar várias barreiras, concentradas no Planalto. A Polícia Rodoviária está chamando efetivos de outros locais para realizar esse atendimento", completou Barbosa.
Esquema especial
O bloqueio de caminhões ficará a cargo da Polícia Rodoviária - a operação se concentrará no Km 40 da Rodovia Anchieta. Será naquele ponto que os rodoviários farão uma espécie de triagem das carretas. Aqueles veículos que tiverem como destino os terminais portuários da margem direita do cais (Santos) não poderão seguir adiante. Já aqueles profissionais que se destinam à margem esquerda do porto (Guarujá) ou ao polo industrial de Cubatão poderão seguir adiante.
A expectativa é que a Alemoa, onde está o terminal da Ultracargo, continue fechada para operações. Com o retorno do feriado prolongado de Páscoa, as autoridades estimam que 12 mil caminhões passem pelo Planalto com destino à Baixada Santista. A metade disso deveria seguir para Santos. Por enquanto, não existe previsão de suspensão da operação. A proibição deve ser revista durante esta segunda-feira (6).
Segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) de Santos, a Polícia Rodoviária tem três pontos de barragens e a Ecovias já está divulgando a informação, inclusive nos pedágios, para que não haja a vinda dos caminhões. A PM e a CET coordenarão o tráfego de carros de passeio no acesso à cidade.
FONTE: A Tribuna 
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