Outra consequência desse incêndio é para a economia. A cidade de Santos abriga o maior porto da América Latina e centenas de caminhoneiros não puderam descarregar as mercadorias nesta segunda-feira (6).
Quando o dia amanheceu, as barreiras da Polícia Rodoviária já estavam prontas. Muitos caminhões que seguiam para Santos foram impedidos de continuar viagem. Isso porque parte do porto foi fechada por causa do incêndio.
“Ficaremos na fila até acabar”, diz o motorista.
O porto de Santos fica entre dois municípios. A margem esquerda é no Guarujá. A direita, onde acontece o incêndio, fica em Santos. Essa área tem aproximadamente 40 terminais. Apenas um deles foi fechado para os navios, o que gerou uma fila de 10 embarcações.
Já para os caminhões a situação foi bem pior. Toda essa margem, que recebe em média cinco mil caminhões por dia, foi fechada. O congestionamento se estendeu por vários quilômetros da Rodovia Anchieta.
Esperando parados na rodovia os caminhoneiros ainda tinham expectativa de descarregar nesta segunda-feira (6).
No meio da tarde veio a notícia de que a margem direita do Porto de Santos, não seria mais reaberta na segunda-feira. Por isso, a Polícia Rodoviária começou uma nova operação, dessa vez para tirar os caminhões que estavam estacionados, e mandar de volta para São Paulo. A medida revoltou alguns motoristas.
“Tem que pagar de novo mais R$ 154. E quem não tem o frete não está assim para ficar pagando pedágio duas vezes”, diz Antônio José Da Silva, caminhoneiro.
“E quem não tem dinheiro igual eu para pagar pedágio de volta? ”, questiona um motorista.
E a interdição vai continuar. Um comitê com representantes dos governos estadual e federal e da prefeitura de Santos decidiu que o bloqueio vai até sexta-feira (10).
Só os caminhões carregados com alimentos perecíveis, medicamentos e outras cargas que exijam urgência vão poder descarregar na margem direita do Porto de Santos. A Polícia Rodoviária vai fazer a triagem e a escolta deles.
FONTE: G1