Facchini

Produtores podem apoiar caminhoneiros caso entrem em greve dia 23

Produtores das principais regiões produtivas de Mato Grosso podem vir apoiar os caminhoneiros caso estes entrem em greve, novamente, no dia 23. A briga do setor produtivo na “luta” seria o preço do óleo diesel utilizado nas máquinas agrícolas. Uma nova paralisação dos transportadores pode ocorrer neste mês se o governo federal não regulamentar no dia 22, como prometido, Tabela de Frete Mínimo.
A alta do diesel, segundo os produtores, afetou o setor produtivo. O Em janeiro o governo federal anunciou aumento de R$ 0,15 de PIS/Cofins e Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) no óleo diesel. A medida passou a valer em 1º de fevereiro.
Como o Agro Olhar já comentou, o reajuste dos tributos gerou um custo a mais de R$ 273,8 milhões para os produtores de soja e milho, sendo o transporte de grãos 65% das despesas.
Em Nova Mutum o apoio dos produtores aos caminhoneiros é certo, conforme o produtor Emerson Bonini. “Antes não tivemos como apoiar, pois ainda estávamos colhendo. Era pico da safra”. 
Outro município a apoiar é Tangará da Serra, um dos primeiros a ter paralisação dos caminhoneiros em fevereiro. “Os caminhoneiros estão na mesma situação que os produtores quanto ao diesel, à economia. Se parar terão nosso apoio em Tangará da Serra, até maior do que já tem, pois já terminou a colheita”, comenta o presidente do Sindicato Rural do município, Vanderlei Reck Junior. 

Só se for tabela de referência
A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) acha difícil a demanda do tabelamento do frete ter “solução”. 
De acordo com o presidente da Associação, Ricardo Tomczyk, a entidade é “contra o tabelamento obrigatório, mas uma tabela de referência é aceitável, até porque é um mercado (transporte) amplo com autônomos, micros até grandes empresários”.
“Não vemos a necessidade do governo intervir. O ideal seria o governo criar sustentabilidade em todos os setores”, comenta Tomczyk.
FONTE: Agro Olhar 
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