O governo federal deverá em 45 dias aplicar a Tabela Referencial do Frete. Caminhoneiros e empresários do setor de transporte de cargas irão pleitear a transformação desta tabela em Proposta de Emenda à Constituição (PEC). Hoje, a tonelada de soja de Lucas do Rio Verde para Rondonópolis sai a cerca de R$ 80 o frete. Segundo o setor, o custo para transportar (combustível, motorista, peças, entre outros) é de R$ 97 a tonelada entre os dois municípios.
Apesar de não ser a Tabela de Frete Mínimo desejada pelos caminhoneiros, a Tabela Referencial do Frete é considerada um passo importante para a categoria. “A partir dela vamos tentar buscar uma PEC para tentar tornar essa tabela obrigatória. Queremos que a tabela seja em cima do custo do transporte”, declara Gilson Baitaca, um dos representantes da categoria nas negociações em Brasília (DF) com o governo federal.
De acordo com Baitaca, hoje o transportador desembolsa R$ 97 para transportar uma tonelada de soja de Lucas do Rio Verde para Rondonópolis, enquanto recebe apenas R$ 80 por tonelada.
As paralisações dos caminhoneiros por hora estão suspensas, porém as negociações com o governo federal irão seguir.
Segundo Baitaca, ainda não se sabe se a Tabela Referencial do Frete, a ser publicada em 45 dias, será a mesma elaborada pelo grupo de trabalho criado pelo governo federal para discutir o assunto.
No último dia 23 de abril os caminhoneiros em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul voltaram a trancar as rodovias federais após o governo federal anunciar no dia 22 de abril que não iria regulamentar a Tabela de Frete Mínimo desejada. Em Mato Grosso os bloqueios foram suspensos na segunda-feira (27) após negociação da Polícia Rodoviária Federal e Tropa de Choque com os caminhoneiros. No Estado chegaram a ter bloqueios as cidades de Arenápolis, Alto Garças, Comodoro, Diamantino, Guarantã do Norte, Lucas do Rio Verde, Nova Mutum, Sorriso, Tangará da Serra e Rondonópolis.
Nesta quarta-feira (29) o Senado aprovou a Medida Provisória (MP) 661/2014 que prevê o refinanciamento parcial das dívidas feitas por caminhoneiros e empresas para a compra de caminhões em até 12 meses. A medida foi aprovada na forma do Projeto de Lei de Conversão (PLV) 2/2015 e segue para sanção da presidente Dilma Rousseff.
FONTE: Agro Olhar