Facchini

Em protesto, operários param produção de caminhões na Mercedes-Benz

No segundo dia de protesto contra as demissões de 500 operários, trabalhadores da Mercedes-Benz paralisaram hoje a linha de montagem de caminhões no parque industrial da empresa em São Bernardo do Campo, no ABC paulista.
A manifestação, porém, não afetou os demais setores do complexo, como a fabricação de chassis de ônibus e as linhas de motores e de eixos — esses dois últimos paralisados no protesto de quarta.
Na segunda-feira, a montadora emitiu telegramas a 500 operários confirmando o encerramento de seus contratos. O grupo faz parte dos pouco mais de 700 funcionários afastados há quase um ano da produção em virtude da crise na indústria de veículos comerciais.
Mesmo com o corte, a Mercedes diz ainda ter na fábrica paulista um excesso de mão de obra estimado em 1,75 mil trabalhadores.
A fábrica da Mercedes, assim como as da Ford, da Volkswagen e da Scania — também instaladas em São Bernardo —, pode parar novamente nesta sexta por conta da mobilização nacional organizada por centrais sindicais em defesa dos direitos trabalhistas e da democracia. O sindicato dos metalúrgicos do ABC está convocando operários a cruzar os braços nas fábricas da região.
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