A indústria de implementos rodoviários já tem reservados 13 mil metros quadrados de área de exposição na edição 2015 da Fenatran. A área será ocupada por 40 empresas do setor. Esse primeiro balanço de participação acontece justamente depois da divulgação do desempenho no primeiro trimestre do ano quando todo o mercado foi sacudido por notícias ruins: queda de 50,18% no emplacamento de Reboques e semirreboques e 28,87% no segmento de Carroceria sobre chassi. Motivo de sobra para muitas empresas se acautelarem reduzindo investimentos.
Porém não é o que acontece e a explicação para a decisão da indústria produtora de implementos rodoviários de participar com força de mais uma edição da Fenatran passa por informação e conhecimento do mercado. Existem várias análises que indicam que o pior momento do ano já passou.
Na Assembleia Geral Ordinária o ex-presidente do Banco Central Gustavo Loyola, um profundo conhecedor da economia brasileira, mostrou que o pior trimestre de 2015 foi o primeiro e de acordo com suas projeções até o final do ano o nível de atividade só tende a crescer. No Workshop de Caminhões, promovido pela editora Autodata, as empresas fabricantes de veículos pesados corroboraram essa visão do ex-presidente do Banco Central.
Fora do setor, informações de que o governo federal estuda um novo pacote de investimentos em infraestrutura que prevê o leilão de três aeroportos (Porto Alegre, Florianópolis e Salvador), quatro trechos de rodovias e uma extensão da ferrovia Norte-Sul animam a indústria. No setor privado temos indicações de safra crescente o que desencadeará uma série de movimentos positivos na economia em diversas direções.
Portanto estamos diante de um quadro de recuperação da atividade econômica, mesmo que lenta, mas recuperação. Como se sabe, o setor de implementos rodoviários depende da retomada dos demais setores e acreditar nos sinais positivos do mercado e das análises dos especialistas também é um processo lento porque há sempre muita desconfiança.
Isso significa que a atmosfera de negócios deverá estar melhor no segundo semestre chegando a um ambiente mais otimista que o de hoje em novembro, na Fenatran. Assim participar do evento é apostar que no momento em que todos estarão motivados pelos sinais da virada sua empresa estará presente na maior vitrine do transporte de cargas do Brasil.
Por isso a indústria de implementos rodoviários estará na Fenatran porque acredita na força do evento como polo gerador de negócios e aprofundador de relacionamentos profissionais. É sem sombra de dúvida a principal vitrine de exposições e não participar em um ano difícil como 2015 é jogar fora a melhor oportunidade de ver e ser visto.
Acredito que como nas edições anteriores alguns expositores voltarão para casa sem seus produtos porque foram adquiridos por clientes. Trata-se de otimismo? De forma alguma, é apenas realismo de alguém que conhece o mercado e ainda mais a força e a disposição de se recuperar da indústria brasileira de implementos rodoviários.
FONTE: Fenatran