A Polícia Civil mineira foi alertada de que o nome usado pelo homem preso, nessa segunda-feira, por integrar uma quadrilha especializada em roubo, clonagem e adulteração de caminhões, era, na verdade, a identificação do tio do criminoso. Júlio André Brandt, de 51 anos, conhecido como Gaúcho, foi preso em Igarapé, na região metropolitana de BH, e se identificou como Ruy Schneider.
A verdade começou a ser percebida, inicialmente, pela repercussão do caso na imprensa. Um dia após a prisão, uma moradora do município de Vale Real, no Rio Grande do Sul, percebeu que o nome de seu pai havia sido mencionado em uma reportagem de televisão. Ao pesquisar sobre o assunto, a filha do aposentado Ruy Schneider descobriu o crime e acionou a delegacia de Polícia Civil de sua cidade.
Segundo ela, Brandt já havia usado o nome do aposentado em outra ocasião, em 2006, para a abertura de uma conta de telefone. O cadastro acabou sendo levado para o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) por falta de pagamentos e Brandt foi investigado.
De acordo com a Polícia Civil de Vale Real, o criminoso possui um mandado de prisão contra ele na cidade de Novo Hamburgo, além de outros oito inquéritos policiais - a maioria pelo crime de receptação.
Policiais civis da 1ª Delegacia de Repressão às Organizações Criminosas (Deroc), da Divisão de Operações Especiais (Deoesp), prenderam 'Gaúcho' e recuperaram um caminhão Ford Cargo, um Iveco Stralis, dois Scania e um veículo Renault Megane.
Segundo as investigações, os veículos roubados eram trazidos do estado de São Paulo e adulterados em Minas Gerais, para serem revendidos no Paraguai. Ainda conforme a polícia, 'Gaúcho' era agenciador de cargas na Central de Abastecimento de Minas Gerais (Ceasa), em Belo Horizonte, onde usava os caminhões para atividade comercial e transporte de mercadorias.
FONTE: Estado de Minas