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Nova proposta da Volvo é rejeitada e greve na montadora continua

Trabalhadores dos setores de produção da fábrica da Volvo no Paraná rejeitaram nesta segunda-feira a nova proposta apresentada pela montadora em alternativa ao excesso de mão de obra estimado em 600 operários, ou 15% do efetivo, com o fechamento neste mês do segundo turno da montagem de caminhões na unidade.
Já os funcionários não associados ao sindicato dos metalúrgicos da região — de áreas administrativas, em sua maioria — aceitaram as condições da montadora para minimizar o corte da força de trabalho. Com isso, a produção da Volvo em Curitiba segue paralisada pelo sétimo dia útil, ao passo que os departamentos administrativos estão voltando ao trabalho.
A multinacional de origem sueca incluiu na proposta aos trabalhadores a abertura de um programa de demissões voluntárias (PDV), oferecendo como incentivo financeiro o pagamento de até quatro salários adicionais, a depender do tempo de casa, além da remuneração prevista até 15 de dezembro. Ou seja, a montadora se dispõe a pagar até 12 salários — oito correspondentes aos direitos trabalhistas até dezembro e outros quatro oferecidos como incentivo adicional — a quem se desligar agora da empresa.
Em paralelo, a companhia propôs afastar operários da produção por até sete meses: primeiro com um “layoff”, no qual parte do salário (R$ 1,3 mil) é financiada pelo Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), seguido por dois meses de licença remunerada, em que o custo trabalhista é integralmente assumido pela empresa.
Contudo, a nova proposta, a exemplo da anterior, segue sem dar garantia de manutenção de empregos a partir de janeiro do ano que vem, como pedia o sindicato. Da mesma forma, continua oferecendo apenas a correção da inflação — ou seja, sem ganho real — no reajuste salarial previsto para setembro.
As condições da Volvo foram submetidas nesta segunda a duas votações. Na consulta aos operários sindicalizados, que atuam no chão de fábrica, a proposta foi rejeitada por 54% dos trabalhadores — ou 841 empregados. Dessa forma, eles mantiveram a greve, iniciada no dia 8 de maio, por tempo indeterminado.
Já na votação dos trabalhadores não associados ao sindicato, 74%, ou mil funcionários, decidiram aceitar os termos colocados pela companhia e voltaram a seus postos. As negociações entre a Volvo e o sindicato dos metalúrgicos prosseguem. Uma nova assembleia com os trabalhadores está marcada pera esta terça, às 7h.

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