As rodovias federais brasileiras têm quase dois mil pontos vulneráveis à exploração sexual de crianças e adolescentes. O levantamento é da PRF (Polícia Rodoviária Federal), em parceria com a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, a Organização Internacional do Trabalho, o Ministério Público do Trabalho, a ONG Childhood Brasil e algumas entidades do setor privado. O estudo contabiliza informações levantadas entre 2013 e 2014.
São considerados pontos vulneráveis ambientes ou estabelecimentos onde foram encontradas características como prostituição, pouca iluminação, ausência de vigilância e consumo de bebidas alcoólicas. O objetivo do projeto Mapear é ajudar na formulação de estratégias para combater o crime.
As denúncias feitas por quem percorre as rodovias e identifica a prática também são fundamentais para que as autoridades possam agir, conforma a presidente da Comissão Nacional de Direitos Humanos da PRF, Márcia Freitas Vieira. “Eu costumo dizer que os caminhoneiros são os nossos olhos e os nossos ouvidos nas rodovias, porque a polícia não tem como estar as 24 horas do dia ao longo de todos os quilômetros de rodovias. Então, a gente pede que denunciem”, diz ela. Conforme Márcia, a denúncia tem o anonimato garantido, é gratuita e pode ser feita a qualquer hora do dia por qualquer meio: orelhão, celular, telefone fixo.
Com o slogan “Abuso e exploração: com isso não se brinca”, o Sest Senat está desenvolvendo atividades em todo o país para conscientizar os profissionais do setor sobre a necessidade de denunciar os casos ao disque 100.
Desde 2004, a instituição realiza ações voltadas aos trabalhadores da estrada para ampliar a participação dos motoristas no combate ao crime.
FONTE: Agência CNT