Com os gastos com insumos, pedágios, manutenção da carreta, rodovias em péssimas qualidades, preço do diesel e seguro do veículo, a situação dos caminhoneiros se tornou insustentável. A afirmação é da categoria, que afirma que o que sobra dá apenas para pagar a parcela do caminhão.
Conforme dados do empresário do setor de transportes e cargas, Antônio Ferreira Hande, o aumento da inadimplência referente aos financiamentos de caminhões e os mandados de apreensão desses veículos aumentaram em 30% nos últimos seis meses. “O preço cobrado pelo litro do óleo diesel (R$ 2,90 o mais caro) compromete o trabalho dos caminhoneiros e das transportadoras. O valor cobrado pelo frete é de R$ 50,00 a tonelada. Sendo cobrados R$ 1.800,00 de frete, mais 550 litros de diesel, cerca de R$ 1.498,00, retira a comissão de 10% do motorista, sobra R$ 121,00. Caso estoure um pneu, terá um prejuízo de R$ 1.200,00. Ou seja, o momento não está sendo viável para o motorista, nem para a transportadora”, avaliou.
De acordo com a Federação de Caminhoneiros de São Paulo, o valor do frete diminuiu 37% no Estado nos últimos cinco meses, fato que acarretou dificuldades ao setor. Ainda segundo a Federação de Caminhoneiros, a evidência pode ser constatada visualmente nos postos de combustíveis das estradas do país. Uma legião de caminhoneiros sem ter um valor digno para os seus serviços lota os pátios dos postos de combustíveis a espera de um valor melhor pelos seus serviços.
FONTE: Guia do TRC