Os dois meses de greve dos servidores da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) geraram um prejuízo de quase R$ 16 bilhões, segundo a Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam). Nesta segunda-feira (20), os trabalhadores retornaram às atividades para a liberação de cargas, após a suspensão do movimento grevista ocorrida na quinta-feira (16). Em Roraima, o tráfego de caminhões em frente ao prédio da Superintendência foi intenso e os produtos começaram a ser despachados.
A paralisação, iniciada em 21 de maio, abrangeu as 14 unidades da Suframa em cinco estados. Além de Roraima, Amazonas, Acre, Amapá e Rondônia foram afetados pela interrupção das atividades. A previsão é que tudo volte ao normal em até 15 dias.
O caminhoneiro João Borges veio a Boa Vista para liberar três caminhões com amaciante, que equivalem a R$ 60 mil. Com a greve, só estavam sendo liberados alimentos e remédios. "Todo mundo teve um prejuízo. Agora, é correr para recuperar o tempo perdido", desabafa.
Por enquanto, a greve está suspensa e não encerrada. É o que afirma o agente administrativo da Suframa em Roraima, Rosiel Dantas.
"Não tivemos um resultado oficial por parte do governo federal. O que houve foi uma intervenção dos parlamentares da bancada do Norte para que retomássemos os trabalhos e eles pudessem negociar uma possível reestruturação das nossas carreiras até o fim de agosto. A greve foi suspensa para que se abrisse um canal de negociação com o governo", conclui Dantas.
FONTE: G1