Depois de uma semana da redução da alíquota do Imposto Sobre Circulação de Mercadoria e Serviço (ICMS) do óleo diesel, são poucos postos de combustíveis em Mato Grosso do Sul que já repassou a redução para o consumidor.
Segundo o Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis (Sinpetro), metade dos 561 postos de combustíveis no estado ainda não renovou o estoque e, por isso, cobram o valor antigo. A expectativa é de que na próxima semana os estabelecimentos ofereceram o óleo diesel com desconto.
“Cada revendedor tem sua planilha de custos e ele vai revender os seus preços. Se ele tiver no preço condizente e vendo necessidade de competição, ele vai abaixar e aumentar imediatamente. Então, isso é uma lei da concorrência que nós não podemos intervir nunca”, explicou o supervisor técnico do Sinpetro, Edson Lazaroto.
O governo do estado reduziu a alíquota do ICMS de 17% para 12%. Os 5% representam entre queda de pelo menos R$ 0,15 por litro do diesel. Nas rodovias, o novo valor pode ser encontrado porque a renovação do estoque é constante.
Sem renovar o estoque, muitos empresários não conseguem repassar a redução. O preço médio do óleo diesel, em Campo Grande, foi de R$ 3,041, entre os dias 28 de junho e 4 de julho.
De acordo o sindicato que representa os caminhoneiros, são seis mil trabalhadores na capital sul-mato-grossense. Muitos fazem frete sem sair da cidade e não viram a diferença do preço do diesel.
Esta redução pode influenciar no cotidiano das pessoas, mesmo aquelas que não usam o diesel no veículo. Isso porque muita coisa que são compradas este ligada ao preço dos combustíveis. Caminhões e carretas fazem o frete, transportam os produtos de um lugar para o outro. E se o valor gasto com o combustível não diminui, o preço do serviço também não abaixa.
Os deputados estaduais criaram a Comissão de Representação da Assembleia Legislativa para fiscalizar a variação do preço do diesel nos postos de combustível no estado. O ato da Mesa Diretora foi publicado no Diário Oficial desta quarta-feira.
O objetivo é constatar se está ocorrendo o reflexo da redução diretamente nas bombas de combustível. O acompanhamento da variação do preço será feito quinzenalmente pelos parlamentares.
A Comissão é composta dos deputados Onevan de Matos (PSDB), João Grandão (PT), Paulo Corrêa e Barbosinha (Bloco Parlamentar) e Renato Câmara (PMDB). Os suplentes são os deputados Professor Rinaldo (PSDB), Pedro Kemp (PT), Mara Caseiro e Marcio Fernandes (Bloco Parlamentar) e Antonieta Amorim (PMDB).
FONTE: G1