Eles se reuniram com o vice-governador Carlos Fávaro (PP), nesta segunda-feira (03), e o grupo deve começar a trabalhar na próxima semana para discutir os números do setor e estudar uma redução sem causar grande impacto na arrecadação do Estado. Os trabalhos ficarão a cargo da Secretaria de Estado de Fazenda.
Para Locatelli, que representa os donos de postos, se Mato Grosso reduzir de 17% para 12% o ICMS, a arrecadação deverá sofrer um impacto de R$ 450 milhões. Contudo, esse número seria amortizado pelo combate a sonegação fiscal e com o aumento das vendas. Ele usa como exemplo Mato Grosso do Sul, que reduziu a carga para 12% e em dois meses conseguiu ampliar a venda em mais de 20%.
Goiás, com uma taxa de 15%, também passou a vender mais diesel do que Mato Grosso. “Eles consumiam menos. Aonde estavam esse consumo antes? É uma pergunta óbvia. A ABNT permitiu eles carregarem combustível a mais para poderem deixar de abastecer no nosso Estado”, comentou.
Eleus, representante das empresas de transporte, também concorda que os caminhoneiros preferem abastecer em outros estados sempre que possível. “O combustível é, hoje, o principal componente dos preços do frete. Nas cidades mais próximas de outros estados, ninguém abastece em Mato Gross. De Rondonópolis para o Sul, por exemplo, já fica difícil”, explicou.
O diesel S10 subiu R$ 0,0345, o que implica também no aumento do etanol e do combustível, além no custo dos itens de supermercados cujo transporte é rodoviário e feito a longas distâncias. Entre Janeiro e junho Mato Grosso comercializou 2,039 bilhões de litros de combustível, 0,4% a mais que os 2,031 bilhões do período em 2014. Deste volume comercializado em 2015, revela a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), 1,289 bilhão de litros foi de óleo diesel.
FONTE: Olhar Direto
