Caminhoneiros de Santa Catarina ainda não definiram se vão aderir à paralisação nacional anunciada por um grupo de caminhoneiros denominado Comando Nacional do Transporte.
— Por enquanto não vou me manifestar, vamos avaliar se tiver decisão de São Paulo e outros centros — afirmou Vilmar Bonora, motorista de caminhão de São Miguel do Oeste, que juntamente com seu primo Júnior Bonora iniciou um movimento em fevereiro que bloqueou rodovias catarinenses durante duas semanas.
Desta vez Bonora entende que o período de final de ano não é propício. Ele também não está disposto a tomar a frente de uma mobilização nacional sem o respaldo de grandes centros urbanos. No início do ano, o movimento catarinense foi o que mais tempo deixou as rodovias fechadas no país.
Os caminhoneiros reivindicam financiamento a juros subsidiados, aposentadoria com 25 anos de contribuição e redução do óleo diesel.
A possibilidade de paralisação já deixa de cabelo em pé diretores das agroindústrias catarinenses. Na greve do início do ano, alguns frigoríficos suspenderam abates e as agroindústrias tiveram prejuízo de R$ 8 milhões por dia.
FONTE: Diário Catarinense