O ano de 2015 está sendo de dificuldades para o setor do transporte rodoviário mato-grossense e brasileiro. Desde janeiro mais de 30 empresas do ramo do transporte de cargas entraram na Justiça com pedidos de recuperação judicial em Mato Grosso. O segmento atribui à situação vivia ao governo federal que vem elevando as taxas de juros e os aumentos de preço no óleo diesel, por exemplo.
Entre fevereiro e abril, duas greves dos caminhoneiros foram realizadas em Mato Grosso e alguns estados do Brasil. Na primeira paralisação, que iniciou após o Carnaval e durou até a segunda semana de março, diversos quilômetros de caminhões parados foram registrados em Mato Grosso, vindo a faltar alimentos, gás, água mineral e combustível em alguns municípios.
Diversas reuniões com o governo federal na época foram realizadas, porém, segundo a categoria nada foi cumprido, nem mesmo a isenção de PIS/Cofins sobre o óleo diesel, que chegou a ser aprovada pela Câmara Federal e o Senado e posteriormente vetada pela presidente Dilma Rousseff. O veto, inclusive, foi mantido no último dia 22 de setembro pelos deputados federais e senadores.
Em 2015, de janeiro a setembro, o óleo diesel já subiu 14,17% somente nas distribuidoras.
De acordo com o presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas no Estado de Mato Grosso (Sindmat), Eleus Vieira de Amorim, as dificuldades do setor de transporte rodoviários de cargas a cada dia se agravam e “o setor vive, hoje, uma crise sem fim”, tanto que mais de 30 empresas do ramo já solicitaram na Justiça recuperação judicial. Algumas transportadores possuem sozinhas dívidas que somam mais de R$ 8,4 milhões, como o Olhar Jurídico revelou recentemente.
FONTE: Olhar Direto