Facchini

Caminhoneiros não abrem mão de impeachment

Uma das lideranças dos caminhoneiros em greve, Ivar Schmidt disse que o grupo não abre mão do pedido de impeachment da presidente da República, Dilma Rousseff, e afirmou que não vai deixar de fazer os bloqueios nas estradas para abrir um diálogo com o governo federal. Integrante do Comando Nacional dos Transportes (CNT), grupo que organiza os bloqueios nas estradas desde a última segunda-feira, dia 9, ele participou nesta quinta de reunião da Comissão da Agricultura que aprovou a convocação do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, para que ele preste esclarecimentos sobre as ações do governo frente as paralisações.
Schmidt chegou a Brasília na noite de terça-feira e foi recebido por parlamentares ruralistas. Ele relatou que havia um acordo, na última quarta-feira, para que a convocação de Cardozo não fosse votada e para que a Medida Provisória 699, que aumenta as punições para caminhoneiros fechando estradas, fosse revogada. “Foi tentado um acordo com o governo para se iniciar um diálogo em uma reunião, mas o governo, como sempre, trai todo mundo”, reclamou.
O caminhoneiro admitiu que a edição da MP, no entanto, fez parte do movimento recuar. Segundo ele, a publicação dessas normas mais duras deu a eles o apoio da população. “O movimento não vai acabar. Não temos como continuar a trabalhar. O governo não atendeu nenhuma reivindicação do primeiro movimento”, disse. “Não iniciaríamos uma nova greve se eles nos tivessem atendido”, afirmou. Schmidt disse ainda que não há previsão de que os caminhoneiros façam um acampamento em Brasília, como ocorreu em março. 
FONTE: O Tempo 
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