Caminhoneiros ocuparam a BR-101 no sentido Rio de Janeiro na noite desta segunda-feira (9), no trecho que passa por Atílio Vivácqua, no Sul do Espírito Santo. Eles tentam convencer outros caminhoneiros a desistir da viagem em prol do protesto nacional, contra o aumento do preço dos combustíveis, do frete e por melhoria dos salários. A passagem de outros veículos é permitida, portanto não houve congestionamentos na pista. Até as 22h40, o ato não havia acabado.
A manifestação também ocorre nos estados de BA, CE, GO, MG, MS, PE, PR, RJ, RN, RS, SC, SP e TO. O grupo que participa do movimento foi convocado pelo Comando Nacional do Transporte. Os manifestantes são autônomos e se declaram independentes de sindicatos.
“Sou caminhoneiro há 12 anos e o governo federal precisa entender que nosso trabalho é muito importante sim. Nós abastecemos famílias. O governo não reconhece a nossa necessidade e não valoriza a nossa categoria. Quando paramos em postos, somos tratados como marginais ou animais. Já procuramos diversos sindicatos e ninguém vem falar com a gente”, afirmou o caminhoneiro Anderson Virgílio, de 38 anos.
Mais cedo, a manifestação ocorreu no quilômetro 375 da BR-101, em Iconha, também na região Sul do estado. Os caminhoneiros também não bloquearam o trânsito, apenas ficaram tentando convencer outros a integrarem o movimento.
Comércio
O Centro de Abastecimento do Espírito Santo (Ceasa) informou que ainda não sofreu com a falta de abastecimento, mas que irão observar durante a semana se a greve irá prejudicar. A Federação do Comércio do Espírito Santo (Fecomércio ES) foi procurada, mas ninguém foi encontrado.
Outro lado
A Confederação Nacional dos Transportes Autônomos afirmou, em nota, que não concorda com a mobilização, já que a pauta não tem relação com os problemas específicos da categoria. A União Nacional dos Caminhoneiros também informou que discorda dos bloqueios.
A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística da CUT (CNTTL) também informou, em nota, que o protesto é uma "manobra" de "grupo que tenta usar os caminhoneiros em prol de interesses políticos, que nada têm a ver com a pauta de reivindicações da categoria".
Em entrevista coletiva na manhã desta segunda, o ministro da Comunicação Social, Edinho Silva, afirmou que o movimento tem como objetivo desgastar o governo politicamente.
FONTE: G1
FONTE: G1