Facchini

Caminhoneiros só param a Baixada Santista se a greve for geral

A paralisação nacional dos caminhoneiros, prevista para esta segunda-feira (9) só terá adesão da categoria na região se o resto do Brasil realmente parar. A informação é do vice-presidente do Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens da Baixada Santista e Vale do Ribeira (Sindicam), José Cícero Rodrigues Agra. A entidade tem quatro mil associados.
“Não vamos tomar a iniciativa, a situação não está boa para isso e já nos prejudicamos em outras oportunidades. Queremos continuar trabalhando, mas se os outros portos pararem, aí faremos o mesmo. Será efeito dominó”, explicou, o dirigente sindical.
Ainda assim, autoridades e empresários do Porto de Santos temem que bloqueios nas estradas impeçam a chegada de mercadorias no cais santista e motoristas sejam ameaçados.
A Tribuna apurou que algumas entregas previstas para esta segunda-feira foram canceladas por precaução e muitas empresas anteciparam a saída de caminhões para domingo.
A greve nacional dos caminhoneiros está sendo organizada pela Internet. Um movimento intitulado Comando Nacional do Transporte, no Facebook, tem mais de 35 mil participantes. Pela rede social, a Reportagem tentou contato com os organizadores do ato, mas não obteve retorno.
Entre as reivindicações da categoria estão a redução do preço do óleo diesel, a criação de um frete mínimo, aposentadoria com 25 anos de contribuição e a liberação de linhas de financiamento para veículos.

Entidades
O Sindicato dos Operadores Portuários (Sopesp) prevê prejuízos caso o ato se concretize, afetando as operações portuárias. Já o Sindicato das Empresas de Transporte Comercial de Carga do Litoral Paulista (Sindisan), acredita que mesmo se não houver a manifestação, algumas transportadoras podem deixar de colocar caminhões nas ruas, com medo de depredações. 
A Confederação Nacional dos Transportes (CNT), que não apoia a paralisação nacional, afirma não foi consultada em relação ao movimento e que a organização não conta com apoio sindical. 
A Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) informou que, caso o movimento aconteça, a Guarda Portuária (Gport) vai reforçar o efetivo e direcioná-lo para pontos estratégicos do cais santista.
FONTE: A Tribuna 
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