Caminhoneiros, transportadores e integrantes de movimentos sociais que pedem a saída da presidente Dilma Rousseff (PT) de Maringá e região garantem que fecharão quatro trechos de rodovias que dão acesso à cidade a partir desta segunda-feira (9), às 6 horas, por tempo indeterminado.
Organizados principalmente por meio de redes sociais, eles prometem bloqueios na BR-376, em dois pontos: em Marialva (Posto Amigão) e na saída para Mandaguaçu. Já na PR-317, será na saída para Astorga, próximo ao Posto G10, e na saída para Floresta, nas proximidades do Shopping VestSul. Efetivamente, o primeiro ponto a ser bloqueado será no Posto G10 e depois haverá uma divisão de manifestantes para fechar os outros pontos.
Apenas carros, motos, ônibus que transportam trabalhadores e estudantes e veículos da Saúde vão poder trafegar normalmente. Nem mesmo caminhões com cargas vivas ou perecíveis poderão passar pelos bloqueios. O motivo para a greve - que é nacional e terá bloqueios pela região, como em Apucarana, Londrina e Paranavaí - é o não atendimento à pauta de reivindicações entregue para o governo federal em abril deste ano, quando a categoria bloqueou rodovias pelo País.
Entre as reivindicações, os caminhoneiros e transportadores pedem a redução do preço do óleo diesel, criação do frete mínimo, respeito às decisões do fórum do transporte de Brasília e liberação de crédito com juros subsidiados no valor de R$ 50 mil para autônomos.
Manifestação
Uma carreata está marcada para às 16 horas desta segunda-feira (9). Apoiadores da greve vão se concentrar no Posto Maluf, na Avenida Brasil. De lá, seguirão em direção ao Posto Duzentão, na PR-317. O comboio partirá com faixas e cartazes.
Polícia
Diante da situação, as polícias rodoviárias Estadual e Federal, que não foram comunicadas oficialmente dos bloqueios, mas que acompanharam o anúncio pela imprensa, prometem acompanhar de perto os pontos de manifestação. "Todos têm o direito de protestar, desde que de forma pacífica. Agora impedir um usuário da rodovia de seguir viagem não pode e estaremos atentos para garantir a fluidez do trânsito", afirma o inspetor da PRF, Pedro Faria.
Justiça
Na paralisação anterior, as rodovias foram desbloqueadas após a emissão de ordens judiciais, em especial para as rodovias federais e com a atuação da Força Nacional em algumas regiões do Paraná. Na avaliação da Advocacia Geral da União (AGU), em Maringá, as liminares utilizadas em abril ainda estão em vigor, mas dependem da interpretação dos juízes responsáveis para serem usadas novamente. "Esses processos ainda não tiveram um desfecho. A partir do momento em que forem identificados os bloqueios, poderemos atuar. A nossa interpretação é de que esses novos bloqueios seriam uma continuidade dos anteriores", avalia um dos procuradores.
Caso os juízes não acatem as mesmas liminares, outras semelhantes serão elaboradas. O procurador explica que a própria polícia poderia encerrar os bloqueios, mas preferem estar calçados com ordens judiciais. Conforme as liminares anteriores, após a notificação ser feita por um oficial de justiça, os manifestantes teriam uma hora para liberar a rodovia. Em caso de descumprimento, as multas variam entre R$ 5 mil e R$ 10 mil.
FONTE: odiario.com
FONTE: odiario.com