Com dívidas que superam R$ 500 bilhões, a Petrobras pressiona o governo para que seja autorizado um novo reajuste nos preços dos combustíveis. Em setembro, a gasolina subiu 6%e o diesel, 4% nas refinarias.
Com uma dívida total de R$ 506,6 bilhões e reduzindo seus investimentos, a Petrobras tem solicitado ao Palácio do Planalto um novo reajuste dos combustíveis. Embora os preços do petróleo estejam em baixa desde o segundo semestre do ano passado, essa seria uma forma de ajudar a estatal a reequilibrar suas finanças.
A ideia, entretanto, não tem aval da equipe econômica. Um dos motivos é que um novo aumento dos combustíveis teria impacto na inflação, que este ano deve fechar em dois dígitos — 10,33%, segundo a última estimativa da pesquisa Focus, do Banco.
Em setembro, a Petrobras reajustou os preços de venda da gasolina em 6% e do diesel em 4% nas refinarias. Os aumentos foram repassados aos consumidores, em muitos casos, em percentuais acima do reajuste dos combustíveis na refinaria, pois muitos postos de gasolina aproveitaram para recompor margens de lucro.
Mesmo com o reajuste, a Petrobras continua com sérias dificuldades de caixa e os técnicos do governo reconhecem que a empresa precisa melhorar sua situação financeira.
Uma alternativa que chegou a ser colocada pelo presidente da estatal, Aldemir Bendine, e pelo diretor financeiro da empresa, Ivan Monteiro, a integrantes do governo foi um aporte do Tesouro Nacional por meio de um instrumento híbrido de capital e dívida (IHCD). A proposta foi rechaçada pelo Tesouro, pois aumentaria a dívida bruta da União.
FONTE: O Globo