Superar a barreira dos 700 cv para realizar o transporte rodoviário de carga é um desafio que somente as marcas suecas, destemidas como são, se atrevem a fazer.Como pode acontecer, dúvidas e debates acabam surgindo acerca da rentabilidade desses autênticos bólidos do asfalto. Certamente que pela ótica do transporte, a maioria das operações não necessita desses monstruosos motores, mas também é correto reconhecer que, para algumas atividades mais específicas, manter essas máquinas na frota pode fazer toda a diferença.
Em muitos países europeus esses caminhões são usados para fazer o transporte que empregam conjuntos de 60 t a 90 t de PBT, como é o caso das atividades madeireiras. Países como Suécia (berço da Scania e da Volvo), Holanda, Dinamarca e, agora, mais timidamente, Noruega, têm leis que permitem fazer o transporte interno com esse tipo de veículo. Assim, é questão de princípios possuir um generoso motor para arrastar esses “megatrucks” a uma velocidade comercial também generosa.
Na Itália e na França é legal puxar 44 t de PBT em implementos convencionais, o que pode justificar a procura por essas supermáquinas. Outro nicho de mercado são os autônomos que querem ter prestígio no seu negócio, além, é claro, das empresas que fazem o transporte de equipamentos especiais, as chamadas cargas indivisíveis. Até pouco tempo, a equação era que alta potência estava associada a alto consumo. Contudo, a introdução de novas tecnologias de combustão e alimentação desmistificou tal afirmação, pois estão tornando possível novos parâmetros de consumo.
PINTA DE CAMPEÃO
Este é o caso do motor D16K Euro 6 da Volvo, que, apesar de respeitar sua tradicional arquitetura de 6 cilindros em linha e 16,2 litros de cilindrada, ainda inclui algumas novidades. Ele mantém o sistema de camisas úmidas e válvulas no cabeçote, mas a revolução está nos sistemas de injeção e sobrealimentação. Este colosso se alimenta agora dos tradicionais injetores-bomba para recorrer ao common rail de alta pressão que supera os 2 000 bares, com regulagem eletrônica o permite executar um tempo de injeção multiponto.
O sistema de sobrealimemtação é agora de duas etapas e está conformado a dois turbos, de baixa e alta pressão e geometria variável. A grande pressão de ar passa pelo primeiro turbo, no segundo é regulada a quantidade e a pressão antes de chegar ao condutor de admissão. Entre ambos os turbos está o intercooler que se encarrega de refrigerar o ar. O resultado é essa tecnologia de combustão rica em oxigênio e contida em consumo. Para alcançar os níveis da legislação Euro 6, o motor D16K está montado em um sistema misto de EGR e SCR com injeção de AdBlue no catalisador.
Mas o que atrai é a potência assombrosa de 750 cv constantes de 1 600 a 1 800 rpm e um torque de 362,2 mkgf entre 950 e 1 400 rpm. Se o motor entrega essa potência, o freio-motor não poderia ficara para trás. O VEB funciona por descompressão e nos brinda com aproximadamente 640 cv de retenção a 2 200 rpm. O modelo está combinado a caixa de câmbio I-Shift de 12 marchas e uma relação de 3,08:1, com pneus de série de 315/70 que permitem ao caminhão trafegar a 89 km/h a uma rotação de 1 200 giros.
Os apreciadores de Scania apostam por décadas na arquitetura em V, já que ela equipa seus motores mais poderosos – em 1969 a Scania apresentou seu motor DC14, um V8 a 90°. A chegada do novo milênio trouxe consigo uma nova tecnologia para o V8, que possui cilindrada de 15,4 litros e 620 cv. Contudo, o passo seguinte foi desenvolver um motor com potência mais alta, que ultrapassasse os 700 cv.
O atual DC16 teve sua cilindrada elevada para os 16,4 litros, assim como o diâmetro dos cilindros, em 3 mm. Em sua versão EEV (de veículos amigáveis com o meio ambiente), o DC16 recorria exclusivamente à tecnologia SCR, mas para obter a demanda da Euro 6 é necessário aplicar o sistema EGR de recirculação dos gases de escape. Esta mecânica conta com sistema de alimentação de 4 válvulas por cilindro e um duplo comando de válvulas, uma para cada linha do cilindro. O DC16 possui um novo turbo de alta capacidade e geometria variável (VGT), assim como o sistema de injeção XPI de common rail, desenvolvido em colaboração com a Cummins e que alcança os 2 000 bares de pressão.
Outra novidade é o compressor de ar empregado que deixa de funcionar quando a pressão é correta, rendendo em economia de combustível. O DC16-103 desenvolve 730 cv a 1 900 rpm com o torque máximo de 357,1 mkgf entre 1 000 e 1 400 rpm. Veterana, eficiente e revolucionária, a caixa Opticruise prima pela perfeita harmonia com o motor, graças ao software mais evoluído e muito mais rápido em relação às gerações anteriores. Ela dispõe de vários programas para cada necessidade do motorista dee acordo com o trajeto, com os modos standard, econômico, potência e offroad.
A transmissão ainda conta com a função eco-roll que coloca o motor do caminhão em ponto morto, quando é possível rodar com o veículo em inércia. O retarder hidráulico integrado R4100 funciona por descompressão. A relação de diferencial é bem longa, de 2,92:1, que se completa com o perfil 70 dos pneus, fornecendo um resultado prático é um giro de 1 150 rpm a uma velocidade de 90 km/h.
FONTE: Transporte Online
E quem mais vende veículos comerciais lá...os mesmos daqui. Mercedes Benz.
ResponderExcluirPor vender muito não é sinal de ser melhor, e que saiba quem mais vende é o grupo Daimler, pq a Mercedes só ganha dentro da Alemanha.
ExcluirDesde há muito tempo roda nos estados unidos motores caterpillar e outros com mais de 750 cv parece piada essas matérias tendenciosas!
ResponderExcluirSó se for modificado...
ExcluirTem até com 900cv, mas são proibidos de rodar em vários estados americanos, por não obedecer as normas ambientais.
Excluirmotor é caterpillar em 1 lugar 2 lugar vem o Detroit consagrado pelo uso de 2 ciclos e 3 lugar vem a cummins q é um motor a ser muito respeitado no mundo todo depois vem esses cacos citados a cima hahahahaha
ResponderExcluirRetarder por descompressão? Isso não faz o mínimo sentido.
ResponderExcluirA Mercedes-Benz também merece destaque. Mesmo ainda não tendo equipado um caminhão com mais de 700 cv, a marca revoluciona pela alta tecnologia empregada em seus veículos, como trações 8x8 que proporciona mais capacidade de carga e bate de frente com as rivais mencionadas acima. Sem falar das tecnologias que eles empregam que mais tarde acabam sendo imitadas por outras marcas.
ResponderExcluirVolvo e volvo, so por see em linha ja e melhor.
ResponderExcluirKkk coitada da mula
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