De acordo com um estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), com base nos dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF), em 2014, os caminhões estiveram envolvidos em mais de 33% do total de acidentes nas estradas brasileiras e ficam em segundo lugar no ranking de acidentes por tipo de veículo, atrás das colisões envolvendo automóveis. No Brasil, onde cerca de 60% das cargas são transportadas por caminhões, acidentes envolvendo veículos de carga têm um alto custo para os transportadores. De acordo com a Associação de Gestão de Despesas de Veículos (Agev), prejuízos causados por acidentes de trânsito envolvendo caminhões podem ser até 12 vezes maiores do que os causados pelo roubo de cargas. Dessa forma, as perdas atingem não só os motoristas, mas toda a cadeia logística e, consequentemente, o consumidor.
Com quase 300 veículos em sua frota, a Transportadora Sulista investe pesado na capacitação e reciclagem de seus motoristas. “Nossa equipe de motoristas é treinada no decorrer do ano, com o objetivo de conscientizar sobre a importância de conduzir defensivamente. Aprendem desde noções básicas de mecânica, condições adversas, alimentação durante a viagem, condução defensiva em altos fluxos de veraneio, noções de primeiros socorros dentre outras técnicas”, conta o gerente geral de operações Ronaldo Lemes que afirma ainda passar instruções periódicas e estar sempre em contato com os motoristas. Qualificar e manter o time é um desafio que a Sulista tem buscado vencer. “Além dos investimentos que fazemos nos motoristas, ainda há uma alta exigência com a qualidade dos veículos”, finaliza Lemes. Os resultados desse investimento aparecem na prática: dos 12.600.000km rodados em 2015, a Sulista computou apenas dois acidentes graves, sem prejuízo de vidas e somente perdas materiais.
Sustentabilidade
A redução do número de acidentes envolvendo caminhões é decisiva para a sustentabilidade econômica das transportadoras e valorização do transporte rodoviário de cargas. Um levantamento feito pela Volvo com as principais seguradoras do mercado aponta que o sinistro médio com um caminhão pesado ou semipesado é de R$ 150 mil em prejuízos materiais. Além disso, o tempo médio que o veículo fica parado para conserto é de 43 dias. O levantamento aponta ainda que 13% dos sinistros possuem danos corporais e 7% vítimas fatais.
FONTE: Paraná Shop