Dados da Polícia Rodoviária Federal mostram que boa parte dos acidentes ocorre entre 17h e 20h. A explicação, segundo especialistas na área de oftalmologia é que neste período o mecanismo da visão passa por uma mudança que torna o olho humano muito mais sensível a luz. Além disso, fatores como a dificuldade natural do ser humano para enxergar em situações de pouca luz , iluminação pública precária e o desrespeito às leis de trânsito, também contribuem para as ocorrências nestes horários.
No Brasil, talvez pelos dias serem longos, o motorista não tem como prioridade cuidar da visibilidade noturna e raras são as notícias dos que se preocupam e regulam os faróis, um cuidado simples e que ajuda a reduzir os acidentes. Diferente de outros países como os do hemisfério norte, onde em tempos de neve a escuridão prevalece na maior parte do dia o que torna imprescindível enxergar a noite e assim são utilizados materiais que refletem a luz.
Em condições de pouca luminosidade, a capacidade de enxergar é reduzida em até 30%. A hora do lusco-fusco – transição entre dia e noite – é crítica para a condutor de veículos. A perda de noção de distância e profundidade estão entre os riscos para os condutores de veículos, além dos reflexos ficarem mais lentos. A receita para uma direção tranquila à noite é utilizar óculos e lentes adequados, estradas bem pavimentadas e iluminadas, faróis regulados e a posição correta do motorista no assento em relação ao painel e retrovisores. Outra dica é o uso de filtros para óculos, com lentes amarelas. O motivo é que quem possui alguma deficiência visual pode perder de 10 a 25% da visão à noite.
FONTE: O Carreteiro