Apesar dos preconceitos ainda existentes, a igualdade dos gêneros, a cada dia, se faz mais presente no desempenho de atividades no mercado de trabalho. Profissões consideradas redutos masculinos, como a de motorista de caminhão, já não têm mais exclusividade masculina. O contraditório está na motivação para esse avanço.
Se antes as mulheres não eram consideradas aptas para a função em razão da delicadeza no trato com outras pessoas, quando comparadas ao dispensado por alguns homens, atualmente é este o diferencial almejado pelas empresas.
Controles internos mostraram que as motoristas mulheres têm maiores cuidados operacionais com os veículos colaborando para a manutenção dos caminhões e sabem ser educadas nos relacionamentos com os clientes e no trânsito são pacientes. “Com isso, ocorreu a redução de batidas e dos custos de manutenção, incluindo funilaria”, explica o diretor-presidente da Braspress, Urubatan Helou. A empresa de encomendas, desde 1999, contrata mulheres para esta função.
Helou ressalta ainda que, além deste ganho financeiro para a empresa, os gestores do grupo têm encontrado nas motoristas mulheres um diálogo muito mais eficaz com os destinatários, mesmo nos centros comerciais e industriais.
A empresa que, é pioneira na contratação de mulheres para dirigir os caminhões do grupo, realiza um programa de treinamento específico para que elas se transformem em excelentes profissionais do volante. A Braspress conta atualmente com quadro de 99 motoristas do sexo feminino. E a tendência é só aumentar, já que um novo mercado de trabalho foi aberto para elas.
A ideia pioneira adotada pelo diretor-presidente da Braspress, parecia uma alternativa de marketing, mas acabou abrindo espaço para as mulheres em um competitivo mercado de trabalho, outrora tradicional reduto predominantemente masculino.
“Conseguimos mostrar que competência não tem sexo, abrindo mercado de trabalho para as mulheres que colaboraram para o aumento da produtividade e da melhoria da capacitação no setor do Transporte Rodoviário de Carga (TRC)”, afirma o diretor-presidente da Brapress Helou.
FONTE: Bem Paraná