O ano de mudança na história da transportadora foi 1996. Os empresários mudaram-se para Maringá, cidade da sede atual, e passaram a trabalhar com o negócio apenas no transporte. Nesse período, eles entenderam que a utilização do bitrem seria o caminho para o desenvolvimento da empresa, pelo caminhão oferecer boa distribuição de peso, boa frenagem, segurança e menos consumo de diesel. Além de provocar menos congestionamento e por transportar mais carga sem afetar o pavimento.
Entretanto, mesmo com os benefícios do bitrem, naquela época, a legislação não era favorável ao uso do veículo, considerado como especial. Por isso, para utilizá-lo era necessário ter uma autorização em cada Estado, tendo de passar por difíceis burocracias. Diante dessa necessidade de facilitar o uso do bitrem, Claudio uniu vários transportadores que também trabalhavam com o veículo para fazer uma reivindicação em Brasília, nascia o Grupo G10. Na sequência, o direito pelo uso do veículo foi garantido no Brasil.
Outro momento marcante foi em 2015: numa parceria inédita com a Scania, a Transpanorama desenvolveu o caminhão extrapesado R440, com tração 8x2, com dois eixos dianteiros direcionais. O veículo pode puxar uma carreta de plataforma única, de 18,6 metros de comprimento com três eixos, que leva até 37 toneladas de carga líquida, somando peso bruto total combinado (PBTC) de 54,5 toneladas. Com isso, o 8x2 substitui com custos significativamente menores de combustível e pneus as composições bitrem de seis eixos e PBTC de 57 toneladas, que por força da legislação atual precisam obrigatoriamente ser tracionados por um caminhão 6x4.
Entre as conquistas e dificuldades durante as três décadas de história da Transpanorama, Valdecir destaca a influência do pai na sua trajetória de vida. “Ele sempre ensinou para mim e ao meu irmão que tínhamos de ter transparência e honestidade. Acho que foi o início de tudo. Muita transparência, muita luta e muita honestidade.”
Claudio deixa claro que não imaginava onde chegaria, pois diz que não tenta enxergar “o topo do prédio e nem chegar ao final da estrada”. Para ele, os passos não devem ser grandes, mas precisos. “Procuro fazer projetos de curto e médio prazos e os de longo deixo como objetivos, mas traço metas. Acredito na subida degrau por degrau. Não gosto do modelo foguete, porque sobe numa velocidade vertical e também cai numa velocidade na vertical. Prefiro a curva de crescimento, suave e contínua”, explica.
Para o motorista Edson Aparecido, conhecido como Madruga, os empresários “são heróis”. O colaborador está na Transpanorama há 21 anos e contou que sempre achou os donos honestos.
Clodoaldo Madeira, gerente da Logística Agro, está há 19 anos na empresa, diz: “o Claudio e o Valdecir são arrojados e sempre pensam no futuro. Eles estão um tempo a frente. Tudo o que fazem hoje, já foi planejado.”
Raio X TP
Em 1986, a Transpanorama contava apenas com três caminhões. Atualmente, a frota tem 907 veículos. Se colocados um na frente do outro, a distância chegaria a 17 quilômetros, ou seja, a distância de Maringá (PR) até Marialva (PR).
Entre os clientes da empresa estão marcas de renome internacional, como Correios, Bunge, Petrobras, Syngenta, Cargill, Nortox, Usiminas, Bridgestone, Milli, Multigrain, Ambev, Usiminas, Bombril, entre outros.
Com 24 setores, a transportadora conta com 1.600 colaboradores. Com 14 bases e três centros de distribuição pelo Brasil, a empresa está presente em Minas Gerais, Bahia, Rio de Janeiro, Paraná, São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Rondônia. Entres os serviços prestados estão Door to Door, Just in Time, Frota Dedicada, Carga de Transferência Lotação, Transit Point, Transporte Graneleiro e Transporte Tanque.
Para comemorar os 30 anos da empresa, foi lançada a campanha “Eu faço parte dessa História”. A ação consiste em depoimentos dos funcionários que acompanharam grande parte da história da transportadora e contam um pouco da experiência como colaboradores. Os vídeos podem ser encontrados no Facebook da Transpanorama.
FONTE: Divulgação
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