Dentre as reivindicações destaca-se a proibição da circulação de bitrens brasileiros em terras paraguaias. Segundo o presidente da Federação dos Caminhoneiros Paraguai (FCP), Ánjel Zaracho, a circulação de bitrens brasileiros já estava em processo de regulamentação e estava prevista para começar a partir de dezembro. Os veículos sairiam do Mato Grosso do Sul carregados de soja com destino ao porto de Concepción e retornariam para o Brasil trazendo arroz e trigo.
Segundo ele, os bitrens brasileiros representam uma concorrência desleal para os caminhoneiros paraguaios, uma vez que não há condições para competir com os transportadores brasileiros.
Segundo ele, os bitrens brasileiros representam uma concorrência desleal para os caminhoneiros paraguaios, uma vez que não há condições para competir com os transportadores brasileiros.
A entrada de bitrens brasileiros no país poderia reduzir ainda mais o valor do frete. Valor este que também foi ponto de reivindicação na paralisação. Em conversa com líderes da paralisação, empresários firmaram o compromisso de melhorar o preço do frete nos próximos meses, devido a chegada da colheita da safra.
Outra conquista dos caminhoneiros na paralisação foi a resolução do Ministério das Finanças que determinou a obrigatoriedade do valor negociado para o frete aparecer em notas fiscais, ou seja, além do valor negociado entre o embarcador e o caminhoneiro, o valor negociado entre o produtor e o embarcador também deverá ser descrito. O que representa mais transparência nas negociações que envolvem o transporte.
Resumindo a greve dos caminhoneiros paraguaios teve como resultado o atendimento das reivindicações que foram apresentadas e asseguraram aos caminhoneiros importantes conquistas, além de possíveis melhorias nas condições de trabalho, no que diz respeito a concorrência e lucro.
TEXTO: Lucas Duarte