O resultado da empresa foi afetado por piora operacional, devido à fraca demanda no mercado interno e menor faturamento com exportações, além de despesas e provisões para questões trabalhistas, relacionadas a medidas adotadas para ajustar a produção da companhia ao consumo doméstico em retração.
A receita líquida recuou 34,8% em igual base de comparação, para R$ 428,3 milhões, devido principalmente a menor faturamento no Brasil, mas também com resultado pior das receitas de exportações e no exterior.
No mercado doméstico, as receitas da Marcopolo somaram R$ 192,5 milhões, baixa de 46,5%. Já o faturamento com exportações e no exterior foi de R$ 235,8 milhões de janeiro a março, 20,6% menores do que um ano antes. A participação do mercado interno no faturamento foi de 44,9%.
“Apesar do recuo na receita líquida total, a receita das exportações deverá crescer gradativamente ao longo do ano, trazendo reflexos positivos nas margens e compensando em parte a menor receita no mercado interno”, prevê a fabricante.
A produção consolidada da Marcopolo foi de 1.365 unidades no trimestre, recuo de 59,5% na base anual. No Brasil, a produção caiu 61,9%, enquanto no exterior a baixa foi de 47,2%.
A participação de mercado da companhia no Brasil foi de 32,2% no período, contra 43,3% no quarto trimestre e 41,2% no ano anterior. Segundo a Marcopolo, sua fatia de mercado foi afetada pelas férias seletivas adotadas na unidade Ana Rech, em Caxias do Sul (RS), em janeiro e pelo lay-off na unidade da Marcopolo Rio, em Duque de Caxias (RJ), ao longo de todo o primeiro trimestre.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) da fabricante caiu 97,7%, a R$ 1,5 milhões. O indicador foi afetado pela contabilização de R$ 17,8 milhões como “outras despesas operacionais” sendo R$ 7,6 milhões de despesas e provisões para indenizações trabalhistas, R$ 6,7 milhões provenientes da suspensão temporária dos contratos de trabalho (lay-off) na unidade da Marcopolo Rio, e R$ 3,5 milhões de outras despesas.
O resultado financeiro líquido do primeiro trimestre foi positivo em R$ 28,7 milhões, ante os R$ 19,9 milhões negativos registrados nos três primeiros meses de 2015, devido à variação cambial do real frente ao dólar.
FONTE: Valor Econômico