Trocar o caminhão por um modelo zero quilômetro tem sido há anos um dos principais sonhos da maioria dos autônomos. Poder experimentar as tecnologias embarcadas e o conforto dos novos modelos, e ter em mãos um veículo mais eficiente, na maior parte dos casos não vai além das expectativas devido à falta de dinheiro e de condições para arcar com uma prestação mensal alta. E, sem condições de efetuar a troca, o seu caminhão vai ficando mais velho e desatualizado a cada ano, e, por consequência, com menor valor de mercado. Uma alternativa para este tipo de profissional não ficar tão defasado tem sido a troca do usado por outro modelo seminovo, mercado que ganha cada vez mais espaço, por conta do atual cenário econômico e das condições pouco atrativas para o financiamento de veículo zero quilômetro.
Porém, é importante o carreteiro fazer um planejamento para que a troca seja realmente eficiente. O gerente de vendas da Marcelo Caminhões, Renne Arantes Gonçalves, listou alguns fatores importantes a serem observados antes de realizar qualquer o negócio.
1- LOCAL: Escolher locais seguros e confiáveis para realizar a compra do caminhão seminovo, para evitar problemas futuros e não haver prejuízos.
2- AVALIAÇÃO: Avaliação não deve ser apenas visual e sonora – no caso do motor – o comprador deve estar atento ao respiro, que nesse caso (motores a diesel usados) emite uma certa quantidade de fumaça a qual deve ser grande.
3- VAZAMENTOS: Observar se há vazamentos de água e óleo. No caso do câmbio, pode ser utilizada uma técnica específica para testar os sincronizados, se as marchas “escapam” e também ficar atento a barulhos e “choros” como se costuma dizer. No caso dos diferenciais, a atenção se volta a folgas e barulhos.
4- CONHECIMENTO: Verificar a forma como o veículo trabalha e tipo de serviço realizado.
5- DOCUMENTAÇÃO: O comprador deve desconfiar de preços milagrosos, pois na maioria das vezes veículos oferecidos são comprados de empresas falidas ou de pessoas físicas com alto endividamento. Essas situações podem acarretar em bloqueio judicial da documentação, problemas, enfim, que podem demorar meses ou até mesmo anos para serem resolvidos.
6- CUIDADO COM OS NEGÓCIOS: Não se pode criar uma regra na qual cada caminhão tem um valor fixo de acordo com modelo e ano. Muitas vezes um veículo de má procedência que sendo oferecido por preço abaixo do valor de mercado, pode exigir reparos que vão custar mais do que o dobro do valor pago para que o veículo fique em ordem.
7- ATENÇÃO COM A MANUTENÇÃO: Importante observar que um veículo com alta quilometragem e boa manutenção, com operação dentro das especificações do fabricante, com certeza é superior a outro com quilometragem baixa, porém com manutenção e operação inadequados.
FONTE: O Carreteiro