Buscando atender as normas de baixas emissões de poluentes previstas na fase 7 do Proconve (Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores), que entrou em vigor em janeiro de 2012, os caminhões fabricados a partir daquele ano em diante necessitam de um Agente Redutor Líquido de óxidos de nitrogênio (NOx) Automotivo, o chamado Arla 32, que é combinado com a tecnologia SCR (Redução Catalítica Seletiva).
Consequentemente a obrigatoriedade do Arla 32 representou um aumento de custos para motoristas e frotistas. Com isso práticas ilegais começaram a ser adotadas visando minimizar ou até mesmo zerar os custos adicionais promovidos pelo uso do Arla 32.
As práticas mais comuns são, o uso do chip paraguaio, um emulador que engana o sistema eletrônico, isolando o acionamento do Arla 32 sem deixar o motor perder potência. E também a utilização de Arla adulterado, que pode trazer enormes prejuízos financeiros, uma vez que o reagente irregular forma cristais que entopem e danificam o catalisador. Em condições normais de uso, o catalisador é construído para durar tanto quanto o motor. Ele é blindado e não tem conserto, a solução, segundo Alexandre, é trocar, ao preço de cerca de R$ 20 mil.
As consequências não param por ai, motoristas e frotistas que forem flagrados burlando ou adulterando o uso do Arla 32, podem ser autuados pela PRF e pelo IBAMA, recebem pontuações na CNH, além de serem enquadrados na prática de crime ambiental, que resulta em prisão, apreensão do veículo e multas que variam de R$ 2 mil a R$ 10 mil.
Confira abaixo as consequências no Infográfico preparado pela Afeevas – Associação dos Fabricantes de Equipamentos para Controle de Emissões Veiculares da América do Sul.