Ainda de acordo com o diretor do Sindtanque-MG, apenas os órgãos públicos e os serviços básicos como segurança pública e saúde teriam o abastecimento garantido. José Geraldo afirma que a distribuidora tem incluído o custo do pedágio no valor pago às transportadoras pelo frete, o que seria uma prática proibida. “Estão também desrespeitando a Lei 13103”, afirma. A lei é conhecida como lei dos caminhoneiros.
As diárias, reclamadas pela categoria, são referentes ao valor de R$ 1,38 por tonelada/hora, que deve ser pago após a quinta hora que o transportador fica parado em carga e descarga. Já os pedágios não estariam sendo creditados em cartão, obrigando os transportadores a subtrairem os valores de pedágios de ida e volta do valor do frete, ou seja, do próprio bolso.
De acordo com o diretor do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Minas Gerais (Minaspetro), Bráulio Baião Chaves, alguns postos de gasolina podem ficar sem combustível a qualquer momento. “Ficamos como observadores, porque não estamos envolvidos nessa negociação. Provavelmente hoje já teremos postos sem combustíveis. O nosso sistema de abastecimento utiliza o conceito do just in time. Um dia sem fornecimento e os estoques acabam”. Ele disse que não é possível prever quais e quantos postos serão afetados primeiro. “Isso vai variar de acordo com o volume comercializado por cada um deles e a distância que cada um está localizado da distribuidora, em Betim”.
Por meio de sua assessoria, a BR Distribuidora afirmou que não havia recebido nenhuma pauta formalizada informando sobre a paralisação. Ainda não há previsão de negociações entre o Sindtanque e a Petrobras. Já a Regap alega não ter contrato com transportadoras, não sendo, portanto, responsável pelos pagamentos.
FONTE: Hoje em Dia