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PIB em queda: setor de transporte e logística registra retração no 1º trimestre

O PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro caiu 5,4% no período de janeiro a março de 2016 em relação aos primeiros três meses de 2015, divulgou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), nesta quarta-feira (1º). Esse é o oitavo resultado negativo nessa base de comparação. Já em relação ao trimestre imediatamente anterior (outubro, novembro e dezembro de 2015), a diminuição foi de 0,3%.
Entre os fatores que contribuíram para o desempenho está a queda nos serviços de transporte, armazenagem e correio, de 7,4% no primeiro trimestre deste ano, frente ao mesmo período do ano passado. Conforme o IBGE, esse resultado do setor foi puxado, principalmente, pela contração das atividades de transporte e armazenamento de cargas. 

Outros setores
Por ser atividade meio, o setor de transporte e logística foi diretamente impactado pela forte redução em outros setores da economia. 
A indústria recuou 7,3% em relação aos primeiros três meses de 2015. A queda mais expressiva foi na de transformação, de 10,5%. Isso porque foram produzidos menos veículos, equipamentos, máquinas, móveis, produtos metalúrgicos, de metal, de borracha e material plástico. Já a indústria extrativa mineral caiu 9,6%, puxada pelo resultado das atividades de extração de minérios ferrosos e de petróleo e gás. 
A agropecuária também teve desempenho negativo, de 3,7%, por causa da menor produtividade de culturas relevantes no primeiro trimestre do ano. 
O valor adicionado de serviços (no qual estão contabilizados os de transporte, armazenagem e correios) diminuiu 3,7% na comparação com o mesmo período do ano anterior, com destaque para a contração de 10,7% do comércio.

Famílias consomem menos
Os números também demonstram que os brasileiros estão consumindo menos, efeito da inflação crescente, dos juros altos, da redução de crédito, do desemprego e da diminuição da renda. 
Conforme o IBGE, no primeiro trimestre do ano, a despesa de consumo das famílias caiu 6,3%. Foi o quinto trimestre seguido que todos os componentes da demanda interna apresentaram resultado negativo. 
FONTE: CNT 
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