A concessionária Ecovia, que administra o trecho da BR-277 entre Curitiba e o litoral paranaense, informou nesta terça-feira (5) que deverá apresentar até agosto ao Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER-PR) um projeto executivo para a implantação de uma área de escape no trecho da Serra do Mar da rodovia federal. O anúncio foi feito pela concessionária após uma solicitação feita pelo próprio DER.
A novidade foi anunciada três dias depois do trágico acidente na BR-277, na altura de Morretes, quando um caminhão tanque, sem freios, explodiu e causou um grave acidente envolvendo outros 13 carros. Seis pessoas morreram e um bebê sobreviveu milagrosamente após seu pai, em chamas, entregá-lo para um dentista que estava no local. Ele e a esposa faleceram e tiveram seus corpos localizados na segunda-feira.
Segundo a Ecovia, o projeto executivo já estava em andamento antes mesmo do acidente ou da solicitação do DER-PR. A construção da área de escape, no entanto, terá que ser negociada com a concessionária, já que não está prevista no contrato de concessão.
“O projeto executivo em andamento corresponde ao projeto funcional de viabilidade, elaborado previamente por iniciativa da concessionária. Após sua conclusão, o mesmo será enviado ao DER/PR que, na condição de poder concedente com jurisdição sobre a rodovia, analisará sua viabilidade técnico-financeira e deliberará sobre sua execução.”, informou a concessionária por meio de nota.
BR -376
No Paraná, a BR-376, que liga Curitiba com Santa Catarina, e também tem trecho na Serra do Mar, já conta com uma área de escape, instalada entre os quilômetros 671 e 672 da rodovia pela Autopista Litoral Sul, em 2011. Em três anos, de acordo com a concessionária, 112 caminhões e dois ônibus utilizaram o recurso, o que evitou que os veículos se envolvessem em acidentes no trecho considerado crítico d edescida da serra.
Além de ajudar a reduzir acidentes, o uso do recurso permitiu que a rodovia pudesse identificar os tipos e modelos de caminhões que mais apresentavam problemas. Os dados então foram repassados para a Polícia Rodoviária Federal (PRF) que intensificou a fiscalização na manutenção destes veículos.
FONTE: Bem Paraná