Diversos estudos realizados no Brasil mostram ao longo dos anos que o uso de drogas por motoristas profissionais prejudicam o desempenho no volante, causando acidentes graves e mortes. Segundo a Associação Brasileira de Medicina de Trânsito, as drogas agem no sistema nervoso central do motorista, alterando a concentração, coordenação motora e percepção.
O motivo do uso das substâncias é a necessidade de se manter acordado por muito tempo, visando trabalhar de uma maneira mais rápida. Este pensamento é crucial para a saúde dos motoristas, colocando em risco a própria vida e a vida de outras pessoas.
Em 2010, um estudo feito nas 27 capitais brasileiras avaliou o uso de álcool e drogas por motoristas profissionais e particulares. 3.398 pessoas tiveram sua saliva coletada e analisada, mostrando que 4,6% (150 pessoas) haviam consumido drogas como cocaína (2,1%), cannabis (1,5%), anfetamínicos e benzodiazepínicos (1%).
Entre 2008 a 2011, outro estudo analisou a urina de 993 motoristas brasileiros. 5,4% usavam anfetaminas, 2,6% usavam cocaína e 1,0% usava cannabis – concluindo que quanto mais longa a viagem, mais anfetaminas eram usadas.
O que estas substâncias causam?
Anfetaminas: sensação de bem-estar e disposição, também causam alucinações, delírios, convulsões, fadiga, torpor, sonolência e inibição mental.
Cocaína: estimulante que causa euforia. Parece melhorar a disposição do motorista, mas causa nervosismo, irritabilidade, agressividade, paranoia e alucinações, causando perda do controle do veículo, colisões, direção agressiva e desatenta.
Cannabis (maconha): relaxamento dos membros e euforia. Prejudica a condução de um veículo porque compromete a memória, atenção, tempo de reação, capacidade de aprendizado, coordenação motora, percepção de profundidade, visão periférica, percepção de tempo e detecção de sinais.
Exames toxicológicos
A Lei 13.103 exige os exames para prevenir e diminuir o índice de acidentes e mortes nas estradas. Os exames servem para detectar no corpo a presença de drogas consumidas até 90 dias antes do teste, melhorando a confiança entre a empresa e seus motoristas.
FONTE: Na Boléia