O acréscimo no frete se deve por aumento dos gastos com manutenção do veículo, além dos atrasos das viagens. "As nossas rodovias, no Rio Grande do Sul, de uma maneira geral, têm mais de quarenta anos, ou seja, a geometria foi feita pra um tipo de caminhão e hoje nós operamos com caminhões muito maiores do que aquelas", diz o vice-presidente de logística do Setcergs, Frank Woodhead.
Em uma borracharia consultada pela RBS TV, o movimento aumento 6% nos últimos meses para o conserto de caminhões. "Bastante vem reclamando que nem o estepe dá conta. Estraga o estepe, estraga o pneu que está rodando, três, quatro pneus, já vai suspensão e tudo", diz o borracheiro Kerson Borges.
O motorista Ivaldino Brizola cita os problemas causados. "É pneu, é um fecho de mola que quebra, é um tirante, é bucha, é um amortecedor do caminhão. Mensalmente isso aí dá um prejuízo de uns vinte por cento."
Em uma transportadora, que entrega combustível na Região Central do Estado, o valor do frete não aumenta há três anos. Mas está cada vez mais difícil manter os contratos. O jeito foi pedir aos motoristas que tentem evitar prejuízos.
"Fazendo eles trabalhar no período do dia, para ter melhor visibilidade, diminuir a velocidade, vamos dizer assim, trabalhar na velocidade correta. E é o que a gente pode fazer, porque não tem mais condições, porque os nossos embarcadores não querem aumentar o preço do frete", diz o empresário Paulo Rogério Brondani.
FONTE: G1