Está em operação o primeiro caminhão 100% elétrico destinado à coleta e à compactação de lixo no mundo. O veículo começou a rodar no interior de São Paulo pelas cidades de Paulínia, Tietê, Salto, Valinhos e Indaiatuba e tem diversas vantagens sobre os caminhões tradicionais. Dentre elas, 2.100 toneladas a menos de CO2 emitidas na atmosfera por mês. O valor é calculado em uma frota de 150 caminhões, que é o que a empresa Corpus Saneamento e Obras irá adquirir até 2018 da montadora chinesa BYD.
O veículo pode compactar até 16 toneladas de lixo por turno de funcionamento e tem autonomia estimada superior a 200km ou 8 horas de operação por recarga. A partir da primeira metade de 2017, a energia gerada em aterro será utilizada para abastecer os veículos elétricos, fechando um ciclo sustentável.
O modelo escolhido é o BYD eT8A, que possui compactador hidráulico para armazenar os resíduos recolhidos e assim se tornar o primeiro veículo 100% elétrico produzido em massa utilizado para tal finalidade no mundo. Alimentado por uma bateria de fosfato de ferro lítio, reciclável, com vida útil de até 40 anos, o caminhão coletor não emite gases ou fumaça de escapamento na atmosfera, tem manutenção simplificada e é mais silencioso do que os veículos tradicionais usados na limpeza urbana.
– A Corpus sempre se preocupou com a conservação do meio ambiente e melhoria da qualidade de vida das pessoas, colaboradores e comunidade. Por isso, pensamos nessa parceria estratégica – conta o diretor operacional da Corpus, João Paschoalini, lembrando que foi o fundador da empresa, o engenheiro Cineas Feijó Valente, quem projetou o primeiro aterro sanitário do Brasil.
Operação
A fábrica chinesa explica que o caminhão BYD eT8A possui transmissão automatizada, auxiliar de partida em rampa, e aplicação automática dos freios de serviço sempre que o veículo estiver a 0km/h, proporcionando conforto ao motorista e uma condução segura.
– Além disso, conta com torque máximo de 1500 Nm a zero RPM, oferecendo um desempenho sem igual na classe e em todas as condições de operação. Com menor quantidade peças móveis, o custo de manutenção esperado é de pelo menos um terço do veículo a Diesel – explica o diretor de comercial da BYD no Brasil, Carlos Roma.
FONTE: Zero Hora