Na última semana o governo americano divulgou um novo relatório sobre os efeitos da automação e da inteligência artificial no mercado de trabalho. O relatório traz como destaque números alarmantes de desemprego no setor de transporte caso os caminhões autônomos sejam empregados.
Segundo o documento da Casa Branca, motoristas de ônibus escolares serão o grupo de profissionais menos afetados pelo emprego da automação, estima-se uma redução de 30 a 40% dos postos de trabalho para esses profissionais. Já para os motoristas de caminhões leves ou de entrega a estimativa é de uma redução de 20 a 60% dos postos de trabalho.
O cenário mais grave encontra-se no transporte rodoviário de cargas em longas distâncias, estima-se que o uso dos caminhões autônomos possa deixar de 80 a 100% dos motoristas carreteiros desempregados. O relatório afirma que 1.342.620 de 1.678.280 postos de trabalhos serão perdidos devido ao avanço da tecnologia.
A perda acentuada no número de postos de trabalho é atribuída ao "prêmio salarial" que os caminhoneiros recebem em comparação com outras profissões do mesmo nível de escolaridade. Ou seja, o emprego de caminhões autônomos reduzirá de forma significativa os custos de mão-de-obra das transportadoras. Além disso os motoristas que procurarem novas funções dificilmente terão uma remuneração semelhante a anterior.
Outra consequência da automação apontada pelo relatório é a disparidade de renda no país, uma vez que as riquezas ficarão concentradas nas mãos dos empresários que serão capazes de substituir o trabalho humano por robôs, ou seja, a grande maioria dos benefícios econômicos irá para uma pequena parcela da população.
Por fim o relatório aponta como solução para o desemprego em massa, é a especialização desses profissionais na área de automação, para que sejam capazes de desenvolver e gerenciar essas novas tecnologias.
Estima-se que a partir da próxima década seja possível encontrar caminhões autônomos pelas rodovias. As pesquisas e desenvolvimento estão em estágio avançado principalmente nos Estados Unidos e na Europa. Recentemente um caminhão autônomo realizou sua primeira entrega por meio de uma rota de 200km.
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Confira na íntegra o relatório do governo americano (em inglês): CLIQUE AQUI
TEXTO: Lucas Duarte
Blog Caminhões e Carretas
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