Caminhoneiros deram início a um protesto na manhã desta terça-feira (17), em Campo Grande. Os motoristas estacionaram caminhões na BR-163, na saída para Dourados, e na BR-262, saída para Três Lagoas. Os motoristas pedem reajuste do preço dos fretes e protestam contra o preço do óleo diesel e dos preços dos pedágios no estado, considerados muito caros pela categoria.
“O preço do frete está defasado há mais de 5 anos. Onde já se viu o preço do óleo diesel o mesmo preço da gasolina? A gente está querendo a aprovação da PL 158, que estabelece o preço mínimo do custo do frete, porque ultimamente está se praticando o preço abaixo do custo. Os pedágios também são muito caros. Aqui no Mato Grosso do Sul, o pedágio é mais caro que no Paraná e outros estados. Também falta segurança nas estradas, mas o x da questão é o preço do diesel, do frete e do pedágio”. Explica o representante do Sindicato dos Transportes de Cargas e Logistica de Mato Grosso do Sul (Setlog), Valmir Francisco da Silva.
De acordo com os representantes do sindicato, apenas os caminhões estão sendo parados pelos manifestantes. Os motoristas são convidados a permanecer alguns minutos na rodovia e depois seguir para concentração em alguns postos de combustíveis da cidade. Carros de passeio, ônibus, cargas perecíveis e cargas vivas são autorizadas a seguir viagem normalmente. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) acompanha o protesto para evitar riscos de acidente.
Os manifestantes afirmam ainda que nos últimos três anos, somente em Mato Grosso do Sul, cerca de 200 empresas de transporte de cargas em rodovias fecharam as portas por causa dos altos custos para manutenção dos negócios.
O protesto divide a opinião dos motoristas que passam pelos pontos de parada. “Eu acho que o protesto é muito bom. Eu creio que todos nós devemos nos unir. Se a gente conseguir melhorar o preço do frete vai ser bom pra todos nós. Eu apoio e acredito na nossa categoria” conta o motorista, Paulo César Dionísio.
Por outro lado, alguns motoristas reclamam da paralisação. “A gente foi pego de surpresa, não sabia de nada. O pessoal tinha que fazer um protesto diferente, pedir pra ficar em casa ou num posto. Eu gostaria de não atrasar a viagem, de chegar no horário certo, que a empresa espera, mas fazer o que né?, desabafa o motorista Antônio Soares.
FONTE: G1