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Crise chega ao transporte de carga em Rondonópolis e caminhoneiros não descartam paralisação

A euforia e os planos de expansão ficaram para trás entre os transportadores de Rondonópolis, conhecida como “Capital Nacional do Bitrem” por conta do grande fluxo de caminhões articulados em circulação nas rodovias federais que cortam a cidade. Os transportadores passaram a vivenciar uma nova realidade: lucros menores, redução de frota e aumento das dispensas de funcionários. A Associação dos Transportadores de Cargas de Mato Grosso (ATC) avalia que o setor de transporte rodoviário de cargas está passando por uma das maiores crises dos últimos 20 anos.
As dificuldades se intensificaram há dois anos, quando houve um aumento significativo do número de caminhões no mercado. Naquele momento, muitas empresas de outros setores e até profissionais liberais se interessaram e acabaram ingressando no transporte rodoviário de cargas. Em consequência, junto com outros imprevistos nas lavouras, as tarifas de fretes começaram a cair, gerando prejuízos.
Segundo o diretor-executivo da ATC, Miguel Mendes, o setor de transporte rodoviário de cargas é o maior gerador de renda, impostos e de empregos diretos e indiretos de Rondonópolis e região, com estimativa de mais de 20 mil trabalhadores atuando em prol do mesmo de forma direta ou indireta.
Quanto aos reflexos desta crise, aponta o aumento do número de desempregados e o enfraquecimento do comércio local, com o fechamento de muitas empresas que dependem do setor.
“Inclusive não está descartada uma Paralisação de caminhoneiros autônomos ainda este mês” afirma o Diretor.
“A crise no segmento não é fruto de mau planejamento por parte do setor e sim por uma política errada do Governo que autorizou há dois anos, o BNDES a financiar, com taxa de juros subsidiadas, a aquisição de caminhões e carretas, com o intuito de fomentar a fabricação e comercialização destes bens. Com isso, reforça que muitos empresários de outros setores acabaram se aventurando no segmento achando que poderiam enriquecer da noite para o dia.” Explica o Diretor.
No Brasil
A Comissão na Câmara Federal definiu a política de preços mínimos a serem praticados para o frete. O projeto de lei 528/2015, que cria a Política de Preços Mínimos do Transporte Rodoviário de cargas, foi aprovado por unanimidade pelos deputados federais que compõe a Comissão de Viação e Transporte na Câmara Federal em dezembro de 2016.
A aprovação era pleiteada pelo setor do transporte de cargas desde 2015 diante à crise pela qual passa. Os transportadores autônomos e frotistas chegaram a ameaçar entrar em greve novamente caso o projeto não fosse acatado pelos parlamentares. O projeto agora encontra-se na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania para análise.
A crise econômica fez a atividade de transporte de carga rodoviária cair 7,5% no último ano. Os caminhoneiros reclamam que a oferta de serviço faz o frete cair; além disso, o pedágio e o diesel tiveram aumentos acima da inflação. Em todo o Brasil, 37 motoristas de transportadoras foram demitidos. A expectativa é que a demanda do agronegócio ajude a reverter as perdas do setor.

Projeto de Lei 528
O projeto de lei 528/2015 foi criado após as paralisações realizadas no primeiro semestre de 2015, aonde em Mato Grosso todas as principais rotas de escoamento da produção agropecuária com destino aos portos chegaram a ficar bloqueadas.
O projeto visa o estabelecimento de uma tabela de preço mínimo para o frete, que hoje não cobre os custos de operação do setor de transporte de cargas.
O setor do transporte de cargas, principalmente de grãos, vem passando por uma crise há três anos aproximadamente, tendo o “enterro do segmento” com a quebra da safra 2015/2016, onde somente entre soja e milho foram quase 9 milhões de toneladas a menos produzidas .
Em 2015,os caminhoneiros em Mato Grosso chegaram entre os meses de fevereiro e março a bloquear as principais rotas de escoamento da produção de grãos. Em todo o país foram realizados manifestos em prol de melhores condições de trabalho e um frete que cubra os custos de produção.
FONTE: Agora MT 

4 Comentários

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  1. No dia que pararem de verdade, o governo vai fazer até oq nunca foi pedido! Vai facilitar compra de caminhão vai trocar o velho por um novo arcando com os custos, todos veremos o presidente da República implorando a volta! Basta para isso acontecer, todos deixarenda de lado esse discurso de que tenho que pagar minha prestação, tenho q botar comida na mesa. Eu aínda verei a presidência implorar!!!! Só não vai adiantar parar, é com a primeira regalia posta, todos abrirem as pernas!!!

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  2. É triste ver uma classe tão sofrida pagar pelos maus políticos óleo diesel caríssimo pedágios caríssimo manutenção caríssima impostos e mais impostos o setor do transportes não aguenta mais tanta corrupção e quem paga é o povo somos nós caminhoneiros o setor está falido leis trabalhistas que estão acabando com a vontade dos transportadores gerar mais empregos não estão olhando o lado dos empresários só estão sugando quem gera empregos governo canalha 13 anos no poder o pt arrasou o país e agora o que estamos vendo esse governo segue para o mesmo caminho por isso gostaria de ver os militares no comando desse país pra acabar com a farra desses governantes corruptos covardes canalhas traidores da Patría

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  3. Nao sei em que acreditar mais. Cada dia mais exigencias e diesel subindo sem frete e oque tem so da pra despesa. Oque fizeram com o tranporte brasileiro por favor. Vivo dessa profissao dos meus pais que passaram pra mim. E estou quase 18 anos na estrada e o pouco que consegui to perdendo.

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  4. Caminhoneiro não sabe fazer paralização so sabe trança rodovia e leva surra da Polícia para em casa e não na rodovia

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