O governo federal prometeu zerar a fila de 1.200 caminhões, que formam uma fila de 40 km de extensão, e liberar totalmente a BR-163 no Pará nesta sexta-feira (3) desde que as “condições meteorológicas sejam favoráveis”.
As chuvas e o aumento do escoamento da produção local de grãos deixaram a estrada federal, conhecida como Cuiabá-Santarém, intrafegável há cerca de duas semanas.
A meta foi estipulada na última quinta-feira (2), após reunião entre os ministros Maurício Quintella (Transportes), Blairo Maggi (Agricultura) e representantes do Ministério da Integração Nacional, do Exército, da Defesa Civil, da PRF (Polícia Rodoviária Federal) e das empresas exportadoras de soja.
O principal gargalo da rodovia é um trecho de 47 km dos 190 km ainda não asfaltados da BR-163. O trecho localizado entre as localidades de Santa Luzia e Bela Vista do Caracol está sem condições de tráfego, de acordo com o DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes).
A fim de liberar a via imediatamente e manter a estrada trafegável até o final da safra, os ministros formaram um grupo de trabalho formado por representantes do governo federal e empresários do setor do agronegócio. O grupo será presidido pelo Secretário de Política Nacional de Transportes do Ministério dos Transportes, Herbert Drummond.
O DNIT informou que a meta é asfaltar 60 quilômetros ainda em 2017 e, no ano que vem, outros 40 km. Asfaltados estes 100 quilômetros, só restarão 90 para o asfaltamento no Pará, completou o órgão federal.
O ministério da Agricultura informou que, até o final das obras, serão adotadas medidas emergenciais, como o controle de tráfego com o “pare” e “siga”, e drenagem para escoar água da estrada, dando passagem aos veículos da via, especialmente de caminhões com cargas mais pesadas.
As Forças Armadas já iniciaram o trabalho de distribuição de 3.000 cestas básicas e 9.000 galões de 5 litros de água para caminhoneiros sitiados na região entre as comunidades de Santa Luzia e Bela Vista do Caracol.
A Abiove (Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais) estima um prejuízo diário de US$ 400 mil para as empresas com a sobre-estadia de navios nos portos do Norte do País. Em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo, o presidente da entidade, Carlo Lovatelli, estima o prejuízo total em até R$ 350 milhões até o final da safra.
FONTE: R7