O mês de janeiro foi marcado por intensa paralisação dos transportadores de grãos no Centro Oeste, principalmente nas rodovias federais que cortam o Estado do Mato Grosso. A frente da paralisação estava o Movimento dos Transportadores de Grãos (MTG), que além de organizar os pontos de bloqueio estabeleceu uma pauta de reivindicações.
A paralisação no Estado do Mato Grosso foi encerrada somente após a promessa de uma reunião entre os transportadores e os governos, estadual e federal. Reunião está que aconteceu no dia 31 de janeiro, entre os representantes dos caminhoneiros, o vice-governador do estado do Mato Grosso, Carlos Fávaro, e o Ministro Chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha. Na reunião foi protocolada uma pauta com 13 itens de interesse do setor de transportes, cientes disso, os governos prometeram uma resposta aos caminhoneiros sobre cada item.
Passado mais de um mês após a reunião, o setor de transporte não recebeu nenhuma resposta de ambas as partes do governo. Gilson Baitaca, membro do MTG, comentou sobre a situação, “Não recebemos retorno. Estivemos com o governo estadual em duas ocasiões. O vice-governador, Carlos Fávaro, se comprometeu a criar um fórum para discussão. A equipe de trabalho teria representantes do setor de transporte, produtivo, entidades representativas, Assembleia Legislativa e governo estadual. Simplesmente não houve mais resposta. Em relação ao governo federal, é a mesma situação. Protocolamos pauta com 13 itens e o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, ficou de responder item por item o que seria possível cumprir. Simplesmente o assunto morreu”.
Além da falta de resposta por parte do governo, a retração no valor do frete em pleno pico da safra voltou a afetar o transporte de grãos, segundo Baitaca uma nova paralisação do transportadores já está sendo avaliada, ele destaca ainda que os caminhoneiros possuem total condição de regular o mercado uma vez que os demais envolvidos na cadeia de transporte não aceitam se quer uma negociação no valor do frete.
O transporte rodoviário de cargas, especialmente no Centro-Oeste do país amarga uma forte crise econômica desde 2015, dentre as soluções apontadas para a solução dessa grave situação está o tabelamento do frete, mas que até então não foi definido.
TEXTO: Lucas Duarte
Blog Caminhões e Carretas
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