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Número de habilitados para dirigir caminhão cai quase 9% no Rio Grande do Sul

O Rio Grande do Sul registrou uma diminuição no número de motoristas profissionais, conforme apontam dados repassados pelo Detran gaúcho um ano depois de entrar em vigor a lei que exige o exame toxicológico para a renovação das carteiras de habilitação para caminhões, ônibus e carretas.
A maior redução foi nas habilitações para dirigir caminhão, que em um ano diminuíram 8,99%. Segundo o Detran-RS, cerca de 30 mil motoristas não renovaram o documento. Para dirigir ônibus, a queda foi de 2%, e só o número de motoristas de carreta se manteve estável.
Motoristas alegam que preferem rebaixar a categoria da carteira a pagar o valor do exame toxicológico. "Sairia quase R$ 500. Melhor ficar sem dirigir caminhão, fica bem mais em conta", afirma o promotor de vendas Ronilto Ribeiro Bento, que pagou apenas os R$ 220 para renovar a carteira de carro e moto.
Desde março do ano passado, o exame toxicológico é cobrado para a renovação da habilitação. Normalmente, isso acontece a cada cinco anos. Nas autoescolas, já é possível notar a mudança de comportamento dos motoristas.
"Podemos dizer que a cada dez motoristas, um pelo menos pergunta para nós se é possível fazer o rebaixamento de categoria", conta o diretor de um Centro de Formação de Condutores (CFC), Frank Pierson.
No início, o exame chegou a custar quase R$ 400, mas hoje alguns laboratórios cobram R$ 220. A análise é feita em cabelos e pelos dos pacientes e fica pronta em 15 dias. O resultado é informado ao Detran-RS pelos laboratórios credenciados.
"As drogas, no caso, seriam a maconha, anfetamina, cocaína, o crack, opiáceos, e seus derivados também. Então, se houver o consumo dessas drogas num período de 90 a 180 dias, dependendo da amostra, vai ser detectado", explica a farmacêutica bioquímica Ana Cláudia Cirne Berndt.
Apesar do alto custo, parte dos motoristas é favorável à lei. "Acho que deveria haver uma periodicidade maior com relação aos exames, haja vista que envolve segurança de motoristas e pessoas que transitam nas rodovias", afirma o rebocador de aeronaves Ronil Luiz Souza.
FONTE: G1 

3 Comentários

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  1. O problema não é o exame no meu ver, o problema é que só inventam exames e cursos que os motoristas tem que fazer, pagar caro, e não tem valor nenhum é muito menos é respeitado e valorizado pela sociedade. E o principal é o salário que não corresponde a vontade das empresas que o motorista fique 30, 40 ou 60 dias longe da famílias. exigem tudo isso pra no fim do mês descontar diárias e outras coisas do motorista, que fica com uma merreca que não chega a R$2000 para pagar contas e sustentar família. Fica 2 dias em casa e a empresa já liga que tem que entregar a carga. Enfim são muitas coisas que tem que mudar.

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  2. O problema não é o exame no meu ver, o problema é que só inventam exames e cursos que os motoristas tem que fazer, pagar caro, e não tem valor nenhum é muito menos é respeitado e valorizado pela sociedade. E o principal é o salário que não corresponde a vontade das empresas que o motorista fique 30, 40 ou 60 dias longe da famílias. exigem tudo isso pra no fim do mês descontar diárias e outras coisas do motorista, que fica com uma merreca que não chega a R$2000 para pagar contas e sustentar família. Fica 2 dias em casa e a empresa já liga que tem que entregar a carga. Enfim são muitas coisas que tem que mudar.

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  3. sou caminhoneiro e o exame toxicológico caiu como uma bomba na vida de viciados e usuários esporádicos de drogas, conheço alguns que deixaram de renovar a CNH porque sabiam que seriam pegos, o preço é salgado, mas quando traduzimos em estatísticas de acidentes vejo que apenas deve ser melhorado, e creio que deveria ser estendido a todas as categorias.

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