Se você prestar atenção nos veículos estacionados nas ruas – carros, vans, ônibus e até caminhões - perceberá que é expressivo o número de arranhões nas calotas, nas rodas e nas laterais dos pneus.
A equipe do serviço de atendimento ao cliente da Continental Pneus no Brasil contabiliza anualmente cerca de 200 registros relatando pneus danificados em razão de impactos contra as calçadas. Desse volume, 25% envolve um modelo bem específico: os pneus de vans. Como essa aplicação exige que os motoristas se aproximem constantemente das calçadas para o embarque e desembarque, a lateral desses pneus costuma sofrer com roçaduras que arrancam a borracha.
“Embora alguns consumidores e até mesmo técnicos possam inicialmente pensar que se trata de um defeito de fabricação, isso é descartado quando verificamos que a perda de material ocorre apenas na face externa e não interna do pneu, o que evidencia um dano por mau uso”, explica Rafael Astolfi, gerente de assistência técnica da Continental Pneus.
Para amenizar os efeitos causados aos pneus e às rodas pelo atrito com o meio-fio, os engenheiros desenham laterais mais arredondadas para os modelos para aplicação em vans. Elas são projetadas levemente para fora justamente para impedir que as rodas toquem as calçadas.
O mesmo princípio é adotado para os pneus de ônibus urbanos, como no Conti Gol Urbano. Fabricado pela Continental, ele possui uma camada mais espessa de borracha em suas laterais que chega a se desgastar em razão da intensidade e da frequência do toque dos pneus contra as calçadas.
No caso dos modelos ultra-high performance (UHP) para automóveis esportivos, a alternativa para evitar os danos às rodas é um pouco diferente: adiciona-se às laterais, próximo ao flange da roda, um ressalto de borracha chamado de protetor de rodas (flange-rib). Nos pneus da Continental a presença do flange-rib é evidenciada pela inclusão das letras FR na denominação do produto. Por exemplo: 225/45 R17 91W FR ContiSportContact 5 MO.
Embora importante, nem todos os pneus para automóveis possuem esse recurso, pois ele aumenta a massa e, por consequência, a resistência do pneu ao rolamento, o que reflete no consumo de combustível do veículo. Técnicos capacitados de revendas oficiais podem auxiliar os consumidores a verificar a presença ou não do flange-rib em um pneu.
Aparentemente inofensivo, o roçamento do pneu contra o meio-fio pode arrancar o protetor de rodas, causar desgastes e cortes nas laterais, além de bolhas, formadas quando a lona da estrutura se rompe, permitindo que o ar empurre a parede de borracha.
“As bolhas são muito perigosas, pois podem aumentar de tamanho e se romper a qualquer momento, causando uma perda súbita de pressão. Elas não podem ser ignoradas de forma alguma e o seu surgimento inutiliza o pneu que deve ser substituído imediatamente”, conclui Rafael Astolfi.
FONTE: Divulgação