A Randon encerrou o primeiro semestre com indicadores mais positivos mesmo em um cenário de baixo crescimento. De um lado, houve aumento da produção de caminhões, especialmente suportada pela exportação crescente, o que beneficiou o segmento de autopeças. E de outro, embora o mercado de implementos ainda enfrente quedas tanto em produção quanto em vendas, a companhia ganhou participação de mercado graças à estratégia iniciada em 2016, com o lançamento de novos produtos como a basculante, e ao reforço em sua estrutura de vendas. “É preciso deixar a crise para trás reinventando-se na condução dos negócios”, afirmou David Randon, diretor-presidente das Empresas Randon, em reunião nesta quarta-feira (9) na sede da Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais (Apimec), em São Paulo.
A receita líquida consolidada atingiu R$ 730,1 milhões no período, 4,8% acima do mesmo trimestre de 2016, mas 8,5% menor comparando-se o primeiro semestre de 2016 (R$ 1,4 bilhão) a igual período de 2017 (R$ 1,3 bilhão). Entre abril e junho, foi obtido lucro líquido de R$ 19 milhões contra R$ 6,9 milhões no mesmo período de 2016. No acumulado de 2017, o lucro líquido consolidado somou R$ 20,6 milhões, contra prejuízo de R$ 2,7 milhões no mesmo intervalo de 2016.
Mesmo com um cenário de baixos volumes no mercado nacional, a Randon registrou aumento nas vendas de implementos e veículos. No segundo trimestre foram vendidos 3.063 semirreboques, 13,6% a mais na comparação ao mesmo período do ano anterior, mas as vendas ainda são negativas em 9,7% na comparação semestral. Apesar da importância do modal ferroviário para a logística brasileira, os volumes de vagões no mercado nacional em 2017 devem ser inferiores aos do ano passado. Segundo a companhia, isso se deve principalmente devido à demora na conclusão dos processos de renovação das concessões ferroviárias atuais. Os volumes da Randon mostram esta realidade. No período foram vendidos 269 vagões contra 429 unidades no mesmo trimestre de 2016 (- 37,3%).
O crescimento da produção de caminhões beneficiou a divisão de Autopeças que apresentou crescimento de 5,7% na receita líquida em relação ao segundo trimestre de 2016. As vendas para montadoras voltaram a representar quase metade das receitas da divisão autopeças, revertendo o cenário dos últimos trimestres em que haviam perdido representatividade.
FONTE: Amanhã