O índice de roubos a carga no estado mais do que triplicou nos últimos 10 anos. Em 2008, foram 69 casos. No ano passado, foram 258. Os criminosos geralmente escolhem cargas como cobre, bebidas e eletrodomésticos.
Em Agrolândia, no Vale do Itajaí, houve um flagrante. Depois de acompanhar os suspeitos por mais de 1,5 mil quilômetros, a Polícia Civil conseguiu recuperar uma carga que tinha sido roubada no mês de maio.
O caminhão estava carregado com 12 toneladas de mel puro. A quadrilha, que agia na região de Joinville, no Norte, foi desarticulada.
Tecnologia e projeto de lei
Um dos sindicatos que representa as transportadoras diz que as empresas tentam se proteger, com tecnologia e treinamento. "É uma briga de gato e rato. As empresas de tecnologia montam os equipamentos e a indústria do crime tenta burlá-los com uma tecnologia sempre com uma pronta-resposta", afirmou o presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas da Região de Florianópolis (Sindicargas), Ruy Gobbi.
Na Federação das Empresas de Transporte de Carga e Logística no Estado de Santa Catarina (Fetrancesc), o assunto segurança está presente em todas as reuniões. O projeto de lei que tramita na Alesc pede a cassação do registro de empresas que receberem ou venderem mercadorias cargas roubadas.
"O roubo só existe porque há o receptador. Então, toda carga roubada já tem a encomenda de alguém que faz a receptação. Com o projeto de lei aprovado, nós vamos inibir bastante esse tipo de crime", afirmou o presidente da Fetrancesc, Ari Rabaiolli.
FONTE: G1