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Mercado de caminhões sinaliza retomada

Após um período de desaquecimento, que acompanhou a crise econômica nacional, a venda de caminhões em Minas Gerais começou a dar sinais de melhora, a julgar pelo resultado de revendas instaladas no Estado. O crescimento das vendas ainda não alcança todas as concessionárias, mas, nos casos em que houve aumento, o avanço chegou até 25% neste ano sobre 2016.
Na Cardiesel, concessionária da marca Mercedes-Benz instalada em Belo Horizonte, por exemplo, as vendas de caminhões no acumulado deste ano até setembro aumentaram 25% sobre o mesmo período de 2016, segundo o gerente de Vendas, Fernando Fernandes Cyrino.
“Para nós, o mercado foi bem restritivo no primeiro semestre, mas, a partir do começo do segundo semestre, o cenário realmente virou. Agora há muita procura, cotações e pesquisas de preço. Com isso, o volume de vendas também vem aumentando”, afirmou Cyrino.  
Na Treviso, da marca Volvo, em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), o crescimento das vendas entre janeiro e setembro deste ano contra o mesmo intervalo de 2016 foi de 20%. O gerente de Vendas da concessionária, Veberson Pacheco, revelou que a revenda já projeta um crescimento de 30% para as vendas de 2018 sobre as de 2017.
“Isso é resultado da demanda do mercado. A indústria como um todo, especialmente o setor de mineração, e o comércio varejista estão puxando as compras. Estamos percebendo que muitas transportadoras estão renovando a frota e a confiança do mercado melhorou”, justificou o gerente da Treviso.
Na concessionária Itaipu, que trabalha com caminhões Scania e tem matriz em Contagem (RMBH), o desempenho deste ano ficou estável em relação ao do ano passado. Porém, segundo o gerente de Vendas, Welmer Resende, “os negócios melhoraram muito nos últimos dois meses”.
Deva 
O resultado da Deva Veículos, revenda da marca Iveco, foi um contraponto em relação às vendas das outras revendas. O gerente regional de Vendas da concessionária, Sérgio Resende, revelou que a queda nas vendas dos primeiros nove meses deste ano em relação aos mesmos meses de 2016 foi de 2,5%.
De acordo com Resende, entre 2014 e 2015, as vendas nacionais de caminhões giravam em torno de 250 mil unidades por ano. Em 2016, o número caiu para 80 mil e, neste ano, o País deve fechar o exercício com aproximadamente 50 mil veículos emplacados. “A Deva acompanha o mercado”, frisou.
Ainda de acordo com o gerente da Deva, a partir de maio, o mercado começou a melhorar e a curva da queda das vendas começou a se estabilizar. “Veio o escândalo envolvendo o presidente Michel Temer e as vendas oscilaram. No segundo semestre, o desempenho parou de piorar. Aumentaram o número de cotações, mas isso não impactou no aumento real de vendas. Sentimos que o mercado já está pensando em reativar alguns projetos”, acrescentou.

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