O American Transportation Research Institute, o instituto de pesquisa sem fins lucrativos do transporte rodoviário de cargas norte-americano, divulgou na última semana um relatório com as 10 principais preocupações do setor nos próximos anos.
Pela primeira vez desde 2006, a falta de motoristas profissionais apareceu em primeiro lugar. Segundo o instituto, a crescente demanda pelo transporte rodoviário de cargas e o desinteresse dos norte-americanos em seguir a profissão foram os principais responsáveis pelo resultado da pesquisa.
O relatório traz ainda algumas estratégias para superar a falta de motoristas, como por exemplo, o trabalho conjunto com autoridades estaduais e federais no desenvolvimento de um programa licenciado para a formação de motoristas profissionais e incentivos para que os jovens se interessem pela profissão.
"Identificar a combinação correta de parceiros e estratégias para lidar efetivamente com a falta de motorista é um dos nossos principais objetivos para o setor", disse o presidente e CEO da ATA (American Trucking Association), Chris Spear.
A falta de motoristas nos Estados Unidos, não é um problema recente, na década passada estimava-se um déficit de 20.000 motoristas, em 2013 a ATA (American Trucking Association) alertou para a falta de 30.000 motoristas, já em 2015 a mesma associação elevou o número para 50.000 motoristas. Nota-se que o número sob em proporções exorbitantes, justificando assim o resultado o relatório mais recente.
Completam a lista de preocupações do transporte rodoviário de cargas norte-americano, o ELD (Electronic Logging Decive), dispositivo que será obrigatório a partir de 2018 para o controle eletrônico das horas de trabalho, dispensando assim o controle por escrito, as longas jornadas de trabalho, a falta de locais para descanso, entre outros fatores.
A pesquisa do American Transportation Research Institute contou a com participação de 1500 motoristas.
