Em 2017, a Petrobras anunciou 14 reajustes no valor do óleo diesel e o constante aumento de preço revolta quem precisa do combustível para trabalhar.
A variação no preço do óleo diesel tem causado indignação em Mato Grosso. O produtor, cada vez mais, faz as contas de quanto vai desembolsar a mais para escoar a safra e os motoristas reclamam do preço oferecido pelo frete. Em Lucas do Rio Verde, as opções não faltam, mas os valores pagos não estão agradando as empresas de transporte.
“Eu puxei esse mesmo frete a R$ 210 daqui de Lucas há cerca de 15 dias. Agora, está dando R$ 180 por tonelada, com uma variação de R$ 30, enquanto o diesel subiu três vezes de lá pra cá”, reclamou o motorista Marcelo Vicente Rosa, que é de Maringá (PR) e segue com o caminhão carregado para a cidade de Ipiranga do Norte.
Para não voltar pra casa com o veículo vazio, ele já procura alguma entrega. Mas, se depender dos pedidos, o caminhoneiros terá que mudar os planos. “O frete caiu e o diesel só aumenta. Não temos condições de trabalhar e, se continuar desse jeito, eu vou parar e achar um puxadinho para trabalhar por aqui, pois não tem condições de ir embora com esse frete. O que precisa é falar com políticos para eles virem aqui ver com está o povo, pois houve uma inversão de valores e quem trabalha não tem valor algum”, disse.
Em 2017, a Petrobras anunciou 14 reajustes no valor do óleo diesel. O constante aumento de preço revolta quem precisa do combustível para trabalhar. “Tem motorista que não tem condição nem de pagar a parcela do caminhão, pois não está dando para sobreviver com tantos aumentos, seja de combustível ou pedágio. O que sobra, no final das contas, mal está dando para comer”, relatou o corretor de fretes Caio Morse Moreira.
Os corretores não têm dúvidas de que o combustível mais caro vai refletir na hora de escoar a safra./ A colheita da soja ainda tá no começo em Mato Grosso, mas logo a demanda por caminhões vai aumentar e, quando isso acontecer, outro fator deve impulsionar o preço do transporte: a dificuldade de encontrar caminhões para carregar os grãos.
FONTE: Canal Rural