A escassez de caminhões e motoristas nos Estados Unidos deve afetar o custo dos frigoríficos do país neste ano. O alerta foi dado pelo CEO da Tyson Foods, Tom Hayes, em uma teleconferência com analistas. Segundo o executivo a principal consequência da escassez de motoristas será o repasse dos custos ao consumidor final.
A previsão da companhia é de que os custos com frete aumentarão US$ 200 milhões ainda em 2018. Atualmente a Tyson é a maior empresa de carnes dos Estados Unidos, à frente de gigantes como a brasileira JBS USA, Cargill e Sanderson Farms.
A escassez de motorista já havia sido alertada recentemente pelo instituto de pesquisa sem fins lucrativos American Transportation Research Institute. De acordo com a entidade, a falta de motoristas profissionais apareceu em primeiro lugar na lista das 10 principais preocupações do setor de transportes norte-americano, fato que não ocorria desde 2006.
A falta de motoristas nos Estados Unidos, não é um problema recente, na década passada estimava-se um déficit de 20.000 motoristas, em 2013 a ATA (American Trucking Association) alertou para a falta de 30.000 motoristas, já em 2015 a mesma associação elevou o número para 50.000 motoristas. Nota-se que o número sob em proporções exorbitantes, justificando assim o resultado do relatório mais recente.