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Valor do frete encerra 2017 com defasagem de 20,60%

Uma pesquisa nacional realizada pela Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística), em colaboração com a Agência Nacional de Transportes Terrestre (ANTT) revelou dados preocupantes sobre a situação econômica do transporte rodoviário de cargas no Brasil. 
Destaca-se na pesquisa uma queda significativa no faturamento do setor. Das 2.495 empresas ouvidas, 62,0% tiveram queda no faturamento de 8,9% em média, 58,1% tiveram prejuízo de 7,5% sobre faturamento, em média, 47,6% das empresas diminuíram de tamanho e 52,4% afirmam estar recebendo frete com atraso.
Dentre os fatores que contribuíram para a queda no faturamento estão, os aumentos dos custos, em especial o do combustível (9,44% nos postos e 12,49% nas distribuidoras), majorações de salários, que chegaram a 4,50%, aumento das despesas administrativas da ordem de 3,55%, manutenção (1,94%), preço dos pneus novos (7,56%) e preço dos veículos (8,60%). 
Outro dado preocupante revelado pela pesquisa é a elevada defasagem no valor do frete. Apesar da pequena recuperação do frete em 2017,  a pesquisa indicou a existência de uma defasagem de 13,95% no transporte de cargas fracionadas e de 20,60% na carga lotação.
Durante a pesquisa constatou-se ainda que muitos usuários ainda não remuneram adequadamente o transportador com relação a situações anormais e aos serviços adicionais, que não estão contemplados nas tarifas padrões (frete peso, frete valor e Gris).  Enquadram-se nesta categoria, por exemplo: entregas em regiões de alto risco para roubos, o elevado tempo de espera para realizar carga e descarga, coletas e entregas  em áreas com restrições, os serviços de paletização e guarda/permanência de mercadorias, uso de escoltas e planos de gerenciamento de risco customizados, o uso de veículos dedicados, dentre outras.  
Segundo a NTC&Logística a remuneração inadequada do transportador é uma situação injusta e inaceitável, que precisa ser resolvida o quanto antes entre as partes. 
Ciente da previsão de um mercado em crescimento em 2018, com um aumento de demanda para o setor de transporte de carga que pode chegar a ultrapassar os dois dígitos, a NTC&Logística recomenda aos transportadores que façam suas contas e adequem suas remunerações aos desafios que estão por vir e encontrem juntos com os contratantes o equilíbrio comercial necessário, sobretudo neste momento, sob pena de se verem diante de situações de difícil e onerosa solução em suas operações. 


Confira na íntegra o comunicado da NTC&Logística: CLIQUE AQUI

TEXTO: Lucas Duarte
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