Segundo o presidente da petroleira, Pedro Parente, a redução anunciada representa uma queda de 23 centavos no preço do litro nas refinarias e de 25 centavos para os consumidores. Entretanto, Parente destacou que a decisão sobre o diesel não abre margem para que o preço da gasolina também caia.
"É uma medida de caráter excepcional. Não representa uma mudança de política de preço da empresa", afirmou o presidente da estatal durante entrevista coletiva. "São 15 dias para que o governo converse com os caminheiros", acrescentou.
Apesar do nítido caráter político e do forte impacto causado pela greve de caminhoneiros em todo o país, o presidente da petroleira disse que a empresa não cedeu a pressões de movimentos sociais ou mesmo do governo federal. Parente classificou a medida como sendo um gesto de "boa vontade" da empresa.
Durante a coletiva desta quarta-feira (23), o presidente detalhou que durante esses 15 dias a perda estimada para a Petrobras será de cerca de R$ 350 milhões, com um impacto no caixa de R$ 100 milhões. Entretanto, uma possível interrupção total da produção nas refinarias provocada pela paralisação nacional de caminhoneiros, faria com que a Petrobras registrasse uma perda diária de R$ 90 milhões.
Por fim o presidente da Petrobras revelou que passados os 15 dias de congelamento de preços do óleo diesel, a política de preços voltará ser colocada em prática sobre o combustível e preço seguirá variando diariamente com base nas cotações internacionais do barril de petróleo e das moedas estrangeiras.
Apesar da decisão de curto prazo e temporária da Petrobras, entidades do transporte rodoviário de cargas a frente da paralisação nacional, afirmaram que os protestos continuam nesta quinta-feira (24) e seguem tendo como principal reivindicação a redução da alta carga tributária incidente sobre os combustíveis.
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